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Sérgio Tavares Filho
Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa famÃlia 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.
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Já me acostumei com Alan Bahia, Edno, Erandir e Dinei. A impaciência foi trocada pela comodidade. Não vou mais me incomodar, aumentar a possibilidade da minha hérnia de hiato aparecer e os sintomas da gastrite atleticana prejudicar a minha saúde. É o que temos. Ou o que querem que a gente aceite. Só que ontem não aguentei. Fiquei incomodado, nervoso, e tive que ligar para os meus pais, aos amigos, para a namorada, cunhado, primos e desabafar. O Atlético merecia perder, mas não merecia empatar da maneira que foi. Esse foi o começo do diálogo com todos após a partida contra o Cruzeiro.
Um árbitro anotar três minutos de acréscimo e dar quatro, autorizar a cobrança de um lateral dez metros além de onde a bola realmente saiu, não merece respeito. O que mais incomoda nessa situação é a voz de Antonio Lopes, que deveria defender o clube e ainda critica a "falta de atenção" da zaga. Ora, Lopes. Vi e revi o lance. Veja a reveja também. Pedro Oldoni mandou a bola para a lateral na metade do campo defensivo. Todos saÃram para marcar quando o cruzeirense cobrou o arremesso quase perto da linha de fundo. É claro que todos estariam desatentos.
Já falei que merecÃamos perder, mas não merecÃamos empatar da maneira que foi. O Atlético precisa reclamar, fazer pressão e não aceitar passivamente esse tipo de situação que incomoda e tira pontos preciosos de quem quer escapar do rebaixamento. Se até o treinador parece ter desistido, afirmando a cada fim de jogo que o resultado foi justo, quem vai ajudar? Petraglia e Fleury deveriam de voltar a cena e colocar ordem na casa.
O momento é de tensão. Todo mundo quer time, ver a Arena lotada, jogadores dando espetáculo. Vamos com o que temos mesmo. Eu ainda acredito em bons resultados com esses jogadores. Se criarmos uma bola de neve com cada um contando os problemas, não vamos a lugar algum. Sei que é complicado, mas vamos passar a borracha nessas últimas atuações e voltar a sorrir?
Boicote?
Deixe a sua voz mais fina possÃvel. Agora grite: "Ou, ou, ou, ou, Alan Bahia". "Ou, ou, ou, ou, Edno". "Ei, Dinei!" Esse é o Lopes na beira do gramado. Essa noite até sonhei que alguns já estão fazendo corpo mole com o treinador. A chamada de atenção que o técnico dá em determinados jogadores interfere no rendimento. Edno veio com status de craque. "É um ala-esquerda moderno. Marca, chuta e faz gols". O que vimos por aqui? Um atleta sem vontade que olha para o banco dse reservas a cada jogada errada que faz. Seria medo? Ou ruindad? Quero acreditar na primeira opção. Manera, "Pato Velho".
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