Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

O exemplo do Brasil

25/07/2007


O Campeonato Brasileiro caminha para o final do primeiro turno e o Atlético continua empacado, ganhando, perdendo e empatando com uma impressionante regularidade. Dos seis jogos em casa ganhou, empatou e perdeu duas. Fora da Kyocera Arena foram mais duas vitórias e empates, mas com o desastre em Natal já soma três derrotas. A torcida anda ressabiada, afinal o time não convence e consegue alternar em poucos dias uma goleada sobre o Juventude com uma atuação medíocre contra o fraco América.

O treinador Antonio Lopes quebra a cabeça para ajeitar o time, testando todo tipo de formação e jogadores, mas poucos têm correspondido às suas expectativas. Talvez o melhor seja adaptar o esquema de Dunga na seleção brasileira ao Atlético. O Brasil não foi um primor de time na Copa América, longe disso, mas com um elenco limitado conseguiu armar um eficiente esquema tático para vencer a competição.

O Brasil jogava com uma linha de quatro atrás, com dois laterais que alternavam a subida ao ataque, dois volantes protegendo a zaga e três meias, com Vagner Love isolado à frente. Diante da limitação técnica do elenco atleticano acredito que este possa ser um bom sistema, aumentando a criação de jogadas com três jogadores no meio de campo. Com a ausência de Jancarlos, Lopes poderia formar a retaguarda rubro-negra com Nei, Danilo, Gustavo e Chico, este mais preso, como um terceiro zagueiro, liberando as subidas do veloz lateral da direita. Como volante, Erandir ou Alan Bahia na proteção aos zagueiros e Valencia saindo para o jogo, pois é dos nossos volantes aquele que tem mais recursos técnicos. No meio, Evandro, Ferreira e Alex Mineiro (mais recuado) armariam as jogadas para o centroavante. Particularmente gostaria que o camisa 09 fosse Pedro Oldoni, já que Dinei e Marcelo não têm agradado e ao menos a média de gols daquele é muito boa.

Com esta formação, confio que o Atlético ganharia em qualidade no passe e conseqüentemente aumentariam as jogadas ofensivas, facilitando a conclusão a gol. Isso já será uma bela evolução depois do que vimos em Natal, quando o time chutou somente duas vezes no gol de um dos piores times do campeonato e que ainda não tinha somado sequer um ponto dentro de seu estádio.

Neste momento, diante da baixa qualidade técnica deste Campeonato Brasileiro e da situação do Atlético, importante definir ao menos um eficiente esquema tático para que o time possa somar pontos e até surpreender com uma boa campanha, como bem faz o vizinho Paraná Clube.


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