Fernando Tupan

Fernando Tupan, 52 anos, é atleticano remido – por influência de um tio. Viu o Djalma Santos, Alfredo, Sicupira, Nilson Borges, Buião, Altevir, Toinho, Nivaldo, Washington e Assis subirem as escadas do antigo Joaquim Américo. Nas arquibancadas, fez parte do ETA, TIA e Atle A Morte. Jornalista político, não perde um jogo do Atlético (tanto faz ser o A ou o B, de chuva e de furacão). Foi colunista da Furacao.com em 2007.

 

 

Socorro, o piloto sumiu

06/07/2007


O Atlético está próximo de uma crise com a chegada do técnico Antonio Lopes. Aqueles torcedores que tiveram saco para assistir as partidas contra o Paraná Clube e principalmente contra o NÁutico merecem uma placa na entrada da Arena. Que jogos pentelhos. O Rubro-negro deixou rubros de raivas os sócios e os torcedores que compareceram ao estádio para ver chulezentos jogando como se tivessem em uma pelada do Alice Café.

Já são duas rodadas que o “El Paranaense” bate cabeça. O motivo seria a pouca estrela do “delegado”? O Antonio Lopes não descobriu que três cabeças de área (ou três cabeças de bagres) é muita coisa para se aturar. Seu Lopes, o Atlético não pode jogar sem um armador – Edno está longe de ser um Kelly ou um Souza. Ele é lateral-esquerdo, OUVIU!!!

Alex Mineiro e Dinei ficaram simplesmente fora de compasso enquanto você inventava. A bola não chegou aos atacantes e ele não tem os macetes de um bom armador. Não foi à toa que Alex perdeu a cabeça e tomou banho mais cedo – tenho certeza que ele ficou louco pela incompetência do Furacão, que vem virando uma brisa.

Não tem cabimento deixar o Cristian, o Alan Bahia e o Erandir coordenar as jogadas. Eles precisam primeiro colocar os pés no forno. Modelar o pé e quem sabe assim eles irão parar de entregar bolas para os adversários ou para a loira fantasma. Delegado, delegado! Time defensivo irrita a galera que paga ingresso. Contra o Botafogo neste sábado espero que o time não seja de pangarés. Se for, trocarei de canal e rasgarei meu cartão de sócio torcedor. Vou saber dos jogos apenas pela televisão. Não quero ficar passando raiva enquanto vejo um time covarde, pensando que o mundo está voltado para eles.

Quero deixar claro da existência de uma luz. Temos o Guilherme (que falhou contra o Náutico, mas ele tem muito crédito. Vem salvando), o Nei (pela raça), o Gustavo (que deu uma segurança maior a zaga), o Alex Mineiro (Santo Alex Mineiro) e o Dinei (tem potencial). Tem o Ferreira voltando, mas ele precisa se dedicar mais. O futebolzinho que jogou pela Colômbia na Copa América atestou o que eu venho pensando: o atual Ferreira é apenas uma sombra daquele jogador que chegou ao Atlético em 2005.

Agora você já sabe como montar o time. Pena que você não quis o Evandro. Ele, apesar dos pesares, era melhor que o Cristian. Espero que o Kaio tenha futuro. Senão ele vai levar vaia quando voltar da terra do Joaquim Roriz.

Saravá, irmão.


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