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Marcel Costa
Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.
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Os inúmeros problemas do Atlético
04/07/2007
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Assistir aos jogos do Atlético ultimamente na Arena tem proporcionado ao torcedor atleticano uma sensação mista de tristeza, sono e raiva. Não é à toa que a média de público do clube neste campeonato brasileiro é decepcionante e está entre as piores. O torcedor não agüenta mais assistir a um time apático, bagunçado, sem talento e nenhuma vontade em vencer uma partida. O treinador Antonio Lopes está quebrando a cabeça para ajeitar a sua equipe, mas teve que partir do zero (ou abaixo disso) e o elenco não o ajuda nem um pouco.
Desde cedo aprendi que um time começa com um grande goleiro, mas no Atlético, de grande o goleiro só tem a altura! Graças a sua estatura tem como principal qualidade a boa saÃda do gol. No entanto, Guilherme é cheio de si, adora fazer uma gracinha, como na Vila Capanema quando perdendo o jogo matou uma bola no peito antes de repô-la. Suas reações no campo são sempre exageradas, lembrando muito o seu colega de profissão Saulo, outrora no Santos, hoje esquecido.
Ontem, Guilherme mais uma vez errou dentro de casa, repetindo o que fizera contra Goiás e Fluminense recentemente. E pior, não errou só uma vez, pois no final da primeira etapa voltou a cometer o mesmo erro, pegando outra bola recuada com as mãos. Na segunda etapa, adiantado, confiou no golpe de vista e quase acabou com a tentativa de reação do time. Uma boa conversa com o delegado e uma dose de humildade fará bem ao jovem goleiro, caso este realmente queira vencer na carreira sem acabar como o já citado Saulo que jovem já era prepotente.
Mas como diz meu amigo Wagner Ribas, colega de site, o goleiro é o menor dos nossos problemas. Discordo dele que seja o menor, mas concordo que são vários os problemas, incluindo a falta de qualidade dos laterais e meias. Ontem, mais uma vez o Nei correu mais do que jogou e o Michel mostrou para o Lopes aquilo que já havia mostrado a todos. No meio, Cristian é ineficiente e Edno tem qualidade, mas sua lentidão atrapalha o time. No segundo tempo, entrou Válber e repetiu as suas atuações fracas de sempre. Talvez o correto fosse apostar em Netinho, dando uma oportunidade de jogar em sua real posição contra o time em que se destacou ou promover a entrada de Rogerinho mais cedo.
No ataque, quando nem Alex Mineiro rende e ainda por cima perde a cabeça, a coisa fica feia. Dinei tentou, lutou, mas parecia apavorado e ansioso para jogar bem na Arena. Conseqüência disso, perdeu até o rumo do gol em um chute e uma cabeçada, totalmente sem direção. Pedro Oldoni manteve a escrita de marcar gols e se posicionar bem dentro da área. Talvez tenha chegado a hora de dar uma chance ao garoto, jogando desde o inÃcio, especialmente agora na ausência de Alex Mineiro e enquanto Marcelo ainda não tem condição fÃsica de jogar os noventa minutos.
Do jeito que está, infelizmente cada dia menos gente irá ao estádio e aqueles que não abandonam nunca o time, independente da fase que se encontra, continuarão saindo chateados e com sono da Arena, sonhando com os belos lances e gols de times como os de 2001 e 2004. Por sorte criaram o youtube e vale a pena conferir o espetáculo que foi Atlético 5x2 São Caetano em 2004. Só não se empolgue achando que vai reencontrar Jadson, Fernandinho e Washington em campo quando for ao estádio.
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