Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Coisas no lugar

03/07/2007


Estranho. No mínimo, curioso. Em fevereiro tivemos um Atletiba na Baixada depois de muito tempo, graças às eliminações precoces de ambos e também da volta, mesmo que tardia, do rival alviverde para o lugar de onde nunca deveria ter saído: a Série B. Pois bem, jogo com ânimos acirrados e o calvo árbitro apitando tudo contra o Atlético, inclusive uma penalidade máxima pra lá de duvidosa. O jogo em si foi um massacre, com o Atlético tendo colocado três bolas na trave alviverde e o goleiro Bonan tendo feito outras quatro intervenções.

O empate em dois tentos foi amplamente comemorado pelo visitante, que com muita garra e disposição, além de contar com a costumeira ajuda do homem do apito e com a incompetência do ataque do Furacão, somou um ponto na classificação.

Os comentários dos “especialistas”? Que o resultado foi justo, que o escrete dos coxas foi mais competente e que o jogo fora equilibrado.

Sábado passado, nem tão frio como se esperava e mais uma vez a torcida (?) das duas kombis decepciona. No simpático Puxadinho da Vila Pinto o Furacão tem mais uma vez, e desta feita com justiça, um atleta expulso ainda na 1ª etapa. O bom time da casa comanda as ações, mas de prático mesmo fez seus gols, um chute na trave e arremates de longe com defesas seguras do jovem goleiro atleticano. O Atlético? Fez o mesmo número de gols, teve um anulado e uma possível penalidade não marcada ainda na primeira etapa.

Que comentaram os “especialistas”? Que o resultado foi absurdo, que o tricolor das diversas vilas e das camisas multi coloridas merecia vencer e que o Atlético se ajeitou em campo somente para evitar uma goleada.

Estranha, no mínimo curiosa a opinião dos analistas que deveriam primar pela equidade de tratamento, deixando comentários mais abestalhados para torcedores como eu por exemplo. Convido aos senhores analistas, torcedores travestidos de jornalistas, que venham ver jogos comigo, pagando ingresso, vestindo a camisa do clube do coração e daí sim comentar. Ficar numa cabine, usar da posição privilegiada, usar o poder que possui a escrita, do alcance do microfone, tanto da TV como do rádio para destilar seu veneno contra o Atlético ou seu ranço pessoal contra quem comanda atualmente o rubro-negro é no mínimo injusto para não dizer covarde.

COISAS NO LUGAR II

Nada mais definitivo que o provisório. Sábia frase de minha grande amiga de trabalho Lydia, que disse ter aprendido isso com seu pai, que descansa no céu há uma semana. Em geral, há uma grande chance das improvisações de tornarem permanentes. Com o ex-treinador era assim, pois as improvisações viraram uma constante deixando o time sempre com um ar capenga.

Com Antonio Lopes, lateral esquerda é lateral esquerda, volante é volante, meia é meia e atacante joga no ataque. Cada um sabe, de antemão onde deva estar em cada lance. Podemos não ser um primor de time, nem ter grandes destaques individuais além de Alex Mineiro e Ferreira, mas temos hoje em dia, um mínimo de organização tática.

ARREMATE

“Porque tudo na vida há de ser sempre assim /
Se eu gosto de você /
E você gosta de mim.”
As praias desertas, Antonio Carlos Jobim


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