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Marcel Costa
Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.
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O Hugo Chávez da Vila Capanema
27/06/2007
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Nos últimos tempos, as semanas que precedem os confrontos contra o Paraná Clube têm sido marcadas por declarações polêmicas do presidente paranista. Não está sendo diferente desta vez e o professor do CEFET já soltou na imprensa provocações contra o Atlético. Tratou o rubro-negro como candidato ao rebaixamento e completou afirmando que a torcida atleticana não comparecerá nem em dois mil à Vila Capanema.
O presidente do Paraná Clube adora envolver-se em polêmica e conspirações contra o Furacão. Sabe que para conquistar espaço no futebol paranaense precisa derrubar ou ao menos tentar enfraquecer aquele que é mais forte, no caso o Atlético. Admirador e seguidor de Hugo Chávez, segue a cartilha do seu ídolo, falando mais do que devia e sempre destilando veneno sobre seus “inimigos”. Miranda tem por Mário Celso Petraglia e pelo Atlético a mesma antipatia que o venezuelano tem com os Estados Unidos e seu presidente George W. Bush.
Durante a disputa pela sede curitibana da candidatura brasileira para a Copa do Mundo de 2014, o presidente do clube das fusões correu para abraçar-se ao não menos polêmico Onaireves Moura no utópico projeto do Pinheirão. Talvez retornar ao Tarumã sequer fosse o desejo dos seus torcedores, mas naquele momento valia voltar-se contra o Atlético, pois o comandante paranista vê o rubro-negro como vilão.
Na definição dos valores do ingresso, mais uma vez fica claro o ódio do professor contra o Atlético. Decide, por conta própria, cobrar 40 reais dos visitantes, enquanto o ingresso da tal Curva Norte custa metade do preço. O citado setor é oposto ao local reservado para o torcedor do time adversário. Sugiro que os atleticanos que forem ao jogo guardem seus ingressos como recibo e requeiram, no Juizado Especial ou Procon, a restituição da diferença entre o valor cobrado na Curva Sul (visitante) e na Curva Norte. Como exemplo, na Kyocera Arena, o visitante paga 30 reais, mesmo preço pago por aqueles que compram ingresso para o setor Madre Maria, similar ao local destinado à torcida adversária.
Aproveitando-se da decadência coxa-branca, Miranda tenta, às duras penas, conquistar um espaço maior na mídia, desafiando o Atlético, mas o professor ainda não conseguiu dimensionar a grandeza do rubro-negro e o tamanho real do Paraná Clube dentro do futebol brasileiro. Empolgado com o bom desempenho dos últimos times de aluguel, o presidente adversário imagina-se como o grande dirigente do futebol paranaense, mas esquece que assim que a sorte esgotar sumirá do mapa, junto com o seu singelo clube. Qualquer comparação com seu par venezuelano, que tem seus quinze minutos de fama por causa do petróleo é (ou será que não?) mera coincidência.
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