Bruno Rolim

Bruno Rolim, 42 anos, é bacharel de Turismo e jornalista. Filho de coxas, é a ovelha rubro-negra da família. Descobriu-se atleticano na final do Paranaense 90, com o gol do Berg. Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2007.

 

 

O Um e o Outro

10/06/2007


Dia 2 de junho de 2002: o Atlético conquistou o tricampeonato paranaense, façanha inédita até então no clube. Um jogo atípico, uma derrota por 4x1 para o Paraná Clube, em uma Vila Capanema esvaziada. Por que estou lembrando deste jogo?

Foi uma das primeiras partidas em que estiveram em campo dois ícones atleticanos: o herói do título Um, e a revelação Outro, que surgia promissor dentro do clube. Cinco anos depois, o destino mostraria quem seria quem.

Um partiu pelo mundo, jogando no México e Japão, além de vestir a camisa do Atlético Mineiro. Enquanto Um esteve fora, Outro teve sua chance de despontar - e no início a aproveitou. Brilhando, com dribles desconcertantes e uma identificação com a torcida - ao menos até o momento da punhalada. Aí começaram as diferenças entre o herói e o traidor.

Um fez de tudo para permanecer no clube, o outro tentou de todas as formas sair. Um recusou ofertas tentadoras do futebol paulista, enquanto o outro já estava com a cabeça no seu futuro clube. Um contrariou a vontade de seu procurador, que queria o jogador em São Paulo, pois "teria maior projeção". O outro fez exatamente o que seus procuradores queriam, agindo como um lobo em pele de cordeiro. Um jurou amores pelo clube, o outro também. Mas um cumpriu, enquanto o outro traiu.

Nesta última terça-feira, tivemos uma amostra do amor de Um pelo clube - e a sua permanência deve ser apoiada, pois é raro nos tempos atuais um jogador que demonstre comprometimento e amor a um clube. Quanto ao outro, o tempo tratará de fazer justiça - afinal, trata-se um jogador que não tem um título importante no currículo e não tem um décimo da importância do nosso Um.

Alex, nosso número um: somos eternamente agradecidos. Por 2001, e por agora. Estaremos no estádio apoiando, gritando - e você estará lá, retribuindo com gols. E estaremos satisfeitos, por um jogador que é comprometido ao clube.

Muito obrigado. E boa sorte.

Capitão Danilo, o injustiçado

Apenas um parágrafo para lembrar de um jogador que vem brilhado pelo Atlético em 2007, mas é constantemente criticado pela torcida: o capitão Danilo. Com uma regularidade não vista antes durante sua passagem pelo clube, o jovem zagueiro vem se firmando como uma das principais lideranças no elenco. Em vários jogos se viu Danilo salvando o Atlético de tomar gols em falhas dos seus companheiros de zaga.

Maior exemplo da injustiça com o zagueiro estava ao seu lado até duas semanas atrás: o zagueiro Marcão, por mais que tenha sido um dos jogadores com mais raça e mais identificados com o clube e a torcida, não atravessa uma fase técnica boa neste ano. Mas a torcida não hesita em aplaudi-lo - e, enquanto isso, seu companheiro de zaga sofre com críticas e vaias, mesmo em suas melhores atuações.

Apenas uma lembrança: temos um grande zagueiro no elenco. Só precisamos valorizá-lo.

Sergio Herrera, quem diria?

Artilheiro do líder do campeonato colombiano, e de volta à seleção. E aqui não deu certo...

Desculpas a todos...

...pela ausência prolongada. Espero poder escrever com maior frequência agora.


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