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Wagner Ribas
Wagner Ribas, 42 anos, consultor, acima de tudo pai e atleticano, costuma viver na Baixada as suas maiores alegrias. Foi colunista da Furacao.com entre 2007 e 2009.
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Nos últimos dias, não só Curitiba, como todo o estado paranaense e a região sul do paÃs, tem enfrentado os dias mais frios do ano. E, segundo os meteorologistas, vai ficar ainda pior.
Eu, particularmente, gosto do frio. Acho que é uma época onde as pessoas ficam mais unidas, come-se melhor e descansa-se mais. Além disso, mesmo que levantar pela manhã seja uma árdua tarefa, e que o chuveiro elétrico não consiga esquentar a água como deveria, ao sair cedo de casa é possÃvel presenciar belas paisagens pelo céu curitibano.
Porém, vale lembrar, que não são todas as pessoas que estão preparadas para enfrentar as baixas temperaturas do inverno, e um pouco de solidariedade não faz mal a ninguém. Roupas que já não lhe servem mais, podem não só esquentar um necessitado, mas salvar vidas. Por isso, peço ao amigo leitor que puder ajudar de alguma forma, que encaminhe suas roupas usadas para alguma entidade próxima a sua casa, como a provopar ou outra qualquer, ou até mesmo, que faça uma doação para aqueles que vivem nas ruas.
Muita gente conta com nossa solidariedade e deixar um momento como esse passar desapercebido, não faz parte do coração atleticano.
Desabafo
Preciso confessar que estou desmotivado a escrever sobre o nosso Atlético.
Quem me conhece, sabe que sempre fui otimista a tudo que envolve o Furacão. Seja futebol, administração, marketing ou cientificismo. Reconheço que grandes coisas já foram feitas em todos os setores. Só que tudo parece ter parado.
Tirando o marketing, que tem feitos belas ações e ganho vários prêmios. Os outros setores não funcionam da mesma forma. Em alguns momentos parecem esquecer que somos um clube de futebol e que este deveria ser nosso foco. Ganhar um prêmio de TOP OF MIND é importante, claro. Mas sinceramente, eu ficaria muito mais feliz com tÃtulos de campeão.
E o que dizer sobre a passividade da diretoria sobre nosso time de futebol? A prioridade era ganhar a Copa do Brasil e a obrigação era vencer o Estadual. Não conseguimos nenhum dos dois. E mesmo assim, nosso comandante técnico ficou.
Aliás, um comandante que conseguiu quebrar todos os recordes negativos dentro de nossa própria casa. Onde deverÃamos ser imbatÃveis. Com ele, sofremos a maior goleada da Arena, tivemos a maior seqüência sem vitórias e fomos derrotados pelos eternos fregueses da Baixada, Fluminense e Paraná Clube.
Enfim, cansei de ser humilhado dentro de minha própria casa e ver nossos adversários jogando como querem, acreditando que podem vencer e o pior, vencendo com facilidade. Onde foi parar nosso fator casa, que sempre foi um diferencial e que fazia nossos adversários tremerem?
Onde estão aquelas jogadas de ataque arrasadoras, com saÃdas em velocidade pelo meio ou pelas laterais? Onde estão as jogadas ensaiadas de nosso time? Onde está o brio de alguns atletas que pensam ter o rei na barriga e jogam cada vez pior sem serem sacados do time?
Afinal, quem escala esse time? Por que jogadores como Rogerinho não tem chance no time? Treinos especÃficos para ganho de massa muscular? Mas pelo perÃodo de um ano? Ou será que não querem por o guri na vitrine agora por que está na vez de outros produtos saÃrem das prateleiras?
Cientificismo ajuda, sei. Mas e que resultados toda essa ciência russa nos trouxe até agora?
Sei que nada se resolve com passionalidade, mas será mesmo que não existe um meio termo entre profissionalismo e paixão de torcedor? Será mesmo que na administração de um clube as vezes não é necessário um pouco mais de paixão no meio de tanta razão?
E mais uma pergunta só não ofende: CAPARANAENSE?
Bom, eu sei que ando estressado, preciso de férias. Volto em duas semanas e até lá, espero no mÃnimo, seis pontos dentro da Baixada.
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