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Patricia Bahr
Patricia Caroline Bahr, 43 anos, é jornalista e se descobriu atleticana nas arquibancadas do Pinheirão, no meio da torcida, quando pôde sentir o que era o Atlético através dos gritos dos torcedores, que no berro fazem do Furacão o melhor time do mundo. Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2010.
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Escrito na linha da vida
03/06/2007
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Quando ele nasceu, seu caminho já estava traçado por Deus: “você só será completo quando vestir a camisa Rubro-negra, do Furacão Paranaense”. Esta frase foi dita em 15 de março de 1975, quando o pequeno Alexander Pereira Cardoso nasceu para o mundo. Ainda menino, o pequeno Alexander decidiu ser jogador de futebol, seguindo os passos a que estava predestinado. Assim como estava escrito, no América-MG, Cruzeiro, Vitória da Bahia e União Barbarense não teve grande sucesso. Afinal, ele só encontraria isso ao “vestir a camisa Rubro-negra, do Furacão Paranaense”. Estava escrito.
Sem contrariar a lógica, o destino, o que lhe estava guardado desde o dia em que nasceu, Alexander chegou a Curitiba no início de 2001, por empréstimo como parte do pagamento pela ida do volante Marcus Vinícius ao Cruzeiro. Estava escrito.
Os impacientes, os descrentes, os incapazes, os menos inteligentes logo rotularam o então Alex Mineiro de “Alex Abraço”, devido aos gols do incendiário Kleber durante a temporada. Mas o tempo é o senhor da razão e nada melhor do que o tempo para transformar em realidade aquilo que já estava escrito, há muito tempo. Foram oito gols em quatro jogos decisivos, a Bola de Ouro no Brasileirão 2001 e o mais importante: a estrela dourada no peito de todo atleticano. Estava escrito.
Talvez, num primeiro momento, quando se olha aquela estrela, não se consegue enxergar. Mas ali dentro, bem ao centro da estrela dourada, brilha um nome: Alex Mineiro. Alex do Furacão!
Depois da conquista, Alex tentou repetir a carga de sucesso em outros campos. Aventurou-se no México, no Atlético-MG e até mesmo do outro lado do mundo, lá no Japão. Mas sempre esteve escrito em sua linha da vida: “você só será completo quando vestir a camisa Rubro-negra, do Furacão Paranaense”.
Não adianta brigar contra o destino, brigar contra aquilo que está escrito. O que é seu está guardado, Alex! E é apenas no Atlético, vestindo a camisa Rubro-negra do Furacão paranaense que você é completo. Aqui você é ídolo, é rei, é a estrela que tanto temos orgulho, que tanto comemoramos. É a personificação da nossa conquista maior... e principalmente, é a nossa referência, é a nossa prova viva de que nenhuma conquista é impossível para o Atlético.
Hoje, muitos te querem. Querem da boca pra fora. Somente aqui, dentro da Baixada, você reina de maneira completa. Da maneira Alex de ser, da maneira Alex de viver, da maneira Alex de jogar.... Fica, Alex Mineiro! Fica Alex do Furacão! Aqui você é rei! E nunca esqueça da frase que ecoou naquele 15 de março de 1975: “você só será completo quando vestir a camisa Rubro-negra, do Furacão Paranaense”. Está escrito, sempre esteve escrito e sempre estará escrito. Alex Mineiro na Baixada é sinônimo de felicidade, de alegria.... para Alex e para os atleticanos. Está escrito.
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