Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Game over

29/05/2007


Encontrar grandes amigos para um bate-papo é sempre muito sadio. Porém fica, ainda, mais interessante quando esses colegas são atleticanos e o tema central é o Furacão. Fiz isso neste final de semana, em companhia dos fanáticos torcedores rubro-negros Moacir Tosin, Luis Raphael Rodrigues Pereira e Guilherme Franco.

Abordamos todos os assuntos possíveis. Derrocada do Atlético no Campeonato Paranaense e Copa do Brasil desse ano, as ações da atual diretoria, a mudança no comportamento da torcida e sobrou até um pequeno espaço para o time da segunda divisão (tínhamos um torcedor deles na mesa – né, Henrique?).

Não conseguimos chegar a muitas conclusões, pois sempre tínhamos alguém que discordava em um ponto e não alcançávamos a unanimidade nos pensamentos, mas em um determinado fato chegamos a um consenso: a saída do atual treineiro do Atlético.

Gosto do Vadão como pessoa. Sujeito boa praça, simpático com a imprensa, deve ser um grande companheiro para se jogar conversa fora e contar a sua história de vida, mas como técnico ele deixa muito a desejar.

Falta ambição, falta coragem. Apenas toca a banda conforme a maestro quer. Isso é muito pouco para uma torcida que tem como pensamento conquistar títulos, mas é muito bom para uma direção que tem como pensamento fazer negócios.

Como não faço parte da direção, sou um torcedor, quero um fato novo, um treinador que venha ganhando bem, mas que nos dê aquela confiança na vitória que não temos com o Vadão.

Como não faço parte da diretoria, posso palpitar e sugeriria o Tite, que se encontra enchendo a cara de chimarrão em Caxias do Sul, esperando o contato de um time de ponta para retornar ao cenário nacional.

Sei que a diretoria tem como lema os pés no chão, não cometer grandes loucuras, que na visão deles seria trazer um treinador de renome. Penso de forma diferente também, não se trata de loucura, trata-se de investimento, que pode dar certo ou errado, assim como aconteceu com diversos atletas que não corresponderam.

Na minha opinião, e de grande parte da torcida, Vadão jogou o cartucho “Atlético Paranaense” até agora, mas no sábado perdeu sua última vida e não têm mais vidas extras no jogo para permanecer, esperamos agora que ele veja a tela indicando o fim da partida, o temido game over.


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