Sérgio Tavares Filho

Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa família 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.

 

 

Moleque atrevido

31/01/2003


"Quem foi que falou que eu não sou um moleque atrevido. Ganhei minha fama de bamba no samba de roda. Fico feliz em saber o que fiz pela música, faça o favor. Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou". Assim Jorge Aragão responde às críticas de seu samba numa de suas melhores composições. A melodia pode servir de exemplo aos críticos de Kleberson.

É fácil criticar quem está na mídia. E é mais fácil tentar destruir os ídolos do que continuar a cultuá-los, principalmente no Estado do Paraná, onde a autofagia é fator predominante.

Ninguém tem o direito de falar que Kleberson está sendo irresponsável por aparecer nas colunas sociais, por estar preparando o casamento no Salão Azul do Clube Curitibano ou de ter carrões na garagem. Ele pode. Ele conquistou o espaço e chegou onde chegou.

Lembro-me bem de uma frase do eterno Padre Joaquim Raimundo Bráz, de Matinhos. "Eu não fiz voto de pobreza. Não sou São Francisco de Assis. Gosto do bom e do melhor e esse vai ser o meu jeito até morrer." E assim foi até o Padre ser covardemente assassinado, no ano passado.

Kleberson merece respeito. Pelo que já fez pelo Atlético e pelo futebol brasileiro. E, tal qual Jorge Aragão, deve cantar mais ou menos assim: "por isso vê lá onde pisa, respeite a camisa que a gente suou. Respeite quem pode chegar onde a gente chegou".


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.