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Guilherme Coelho
Guilherme Coelho, 36 anos, é estudante de Relações Internacionais e mora em São Paulo. Guarda como lembrança uma luva usada por um dos goleiros do Atlético na final de 2001, em São Caetano, e um capacete da obra da Arena, objetos que simbolizam as duas maiores conquistas recentes do Furacão. Foi colunista da Furacao.com entre 2007 e 2008.
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Quero ser grande!
12/05/2007
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O que aconteceu com o projeto iniciado em 1995? Parece que encalhou! O Atlético quer mentalizar o torcedor com costumes europeus e mostra times medianos, próprios de pequenos sonhos. Com todo o respeito, entendo que há uma dissonância entre o discurso e a prática. O torcedor não quer saber só de estrutura, quer time. Não exige medalhões consagrados, mas sim contratações inteligentes. Quantos desses “inhos” deram certo aqui? Basta!
Qual o real benefício em economizar em jogadores e treinadores se o retorno também será menor? Com resultados pífios temos menos bilheteria, menos jogos, menos retorno para os lojistas da Arena, menos exposição dos patrocinadores, menos exposições de jogadores etc.
O discurso deu certo até hoje, mas uma hora cansa. Estrutura e organização são importantes, por certo necessários, mas não são tudo no futebol. Durante muito tempo crescemos mas o que foi feito no passado recente já não é suficiente para satisfazer os torcedores e apresentar resultados dentro do campo. Com o Atlético crescendo, também cresceram as exigências da torcida, como é natural. Já não nos satisfaz mais ganhar campeonatos paranaense ou ganhar dos verdes da segunda divisão. Queremos pensar grande também em resultados e não torcer por vaga na Sul-Americana quando começamos um Campeonato Brasileiro. A situação piora muito quando verificamos que nem mesmo esse resultado mínimo acontece.
Do time atual temos dois jogadores acima da média: Alex Mineiro e Ferreira. Dois bons jogadores como Alan Bahia e Marcão e um bom goleiro tentando se firmar. Precisamos de mais. É necessária uma reformulação, caso queiramos ganhar alguma coisa.
A derrota para o Fluminense não foi atípica. Venceu o melhor time. Todos vimos que os jogadores se esforçaram e chegaram ao seu limite, só que isso não é o bastante. Tem que haver mais qualidade, precisão nos fundamentos, ordem tática, jogadas ensaiadas e infelizmente temos poucos desses requisitos. O comando técnico precisa ser trocado. Não culpo exclusivamente Vadão, pois quando ele tinha um time com qualidade em 2000 os resultados apareceram. Hoje, contudo, o trabalho dele não está correspondendo. Todo o planejamento do primeiro semestre foi em vão depois das eliminações no Campeonato Paranaense e Copa do Brasil. Conseguimos, com o mesmo decantado planejamento, repetir os bisonhos feitos de 2006. Os prognósticos parecem não ser muito animadores, pois indicam que continuaremos a ter o mesmo nível de reforços. Sendo assim, o que esperar do campeonato que se inicia? Torço, mesmo que desconfiado, para que tenhamos surpresas agradáveis...
Para encerrar não poderia deixar de citar minha irritação com problemas que persistem. Os lançamentos do Danilo e a cobrança de lance manual do Marcão. Eles são inadmissíveis para um time bem treinado.
Mesmo assim tenhamos fé. E que venha mais uma estrela!
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