Wagner Ribas

Wagner Ribas, 42 anos, consultor, acima de tudo pai e atleticano, costuma viver na Baixada as suas maiores alegrias. Foi colunista da Furacao.com entre 2007 e 2009.

 

 

Mudança de planos

10/05/2007


Trabalho com planejamento e controle de produção numa empresa metalúrgica, onde controlo uma carteira de aproximadamente seiscentos itens diferentes para diversos clientes. Destes, temos algumas entregas diárias, outras semanais, quinzenais e mensais. Para cada item, tenho ainda que considerar seus respectivos componentes e matéria-prima de produção. O que totalizam mais de dois mil itens dos quais devo controlar, considerando lead-time de produção e tempo de entrega de materiais.

Meus principais objetivos, são, em primeiro lugar atender a demanda de meus clientes, efetivando suas entregas nas respectivas datas programadas. Depois, tenho ainda, a missão de fazer com que meus estoques sejam reduzidos ao máximo, não onerando o fluxo de caixa e trabalhando com o menor tempo possível de ressuprimento, alcançando as metas organizacionais.

Para que tudo isso ocorra na mais perfeita ordem, é necessário muito mais que planejamento. Exaustivas análises e ajustes diários são imprescindíveis, já que, invariavelmente, os clientes com que trabalho reprogramam suas entregas antecipando, postergando ou cancelando suas carteiras de pedidos.

A exigência pela perfeição é enorme. E quando não alcançamos nossos objetivos, explicações, relatórios de não conformidade e, principalmente, planos de ação identificando os erros, suas causas e suas soluções, não podem faltar.

Quando os erros passam a acontecer repetidamente, o que não é o meu caso, obviamente, pois sou um funcionário aplicado, a solução é a substituição do capital humano. No bom português, a cabeça rola e o caminho da rua é o destino do indivíduo, sem dó nem piedade. Afinal, metas e objetivos foram feitos para serem alcançados.

No Atlético, o técnico Osvaldo Alvarez, recebeu duas missões. Primeiro, a de planejar e controlar uma equipe de futebol. Depois, fazendo os devidos ajustes e correções, transformar esse grupo, num time campeão.

Recebeu duas chances, primeiro no Campeonato Estadual, depois na Copa do Brasil. Mas falhou, já que não alcançou seus objetivos, repetiu vários erros seguidamente e falhou com as metas organizacionais. Agora, seu destino está nas mãos da diretoria atleticana.

Sinceramente, não desejo a ele uma terceira chance. Precisamos, urgentemente, trocar o capital humano. Caso contrário, o que já não está nada bom, pode ficar ainda pior.


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