Sérgio Tavares Filho

Sérgio Juarez Tavares Filho, 45 anos, é jornalista e morou até os 12 anos em Matinhos, litoral do Paraná. Acompanha o Atlético desde que nasceu e vive numa família 100% rubro-negra. Até os cachorros se chamam Furacão e Furacão Júnior. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2009.

 

 

Assuma o Atlético, Bento XVI

10/05/2007


Treinador bonzinho, por treinador bonzinho, sou mais Bento XVI. Ele não xinga, mantém a postura e, assim como Vadão, não entende nada de futebol. Bento XVI poderia apenas ficar na "casa-mata", atraindo flashes de todos os lados impulsionando ainda mais o gigante marketing atleticano. Seria mais ou menos como o seu conterrâneo, Lothar Matthaüs. Todo mundo falou do alemão mas ninguém se lembra do esquema tático colocado em prática por ele.

Joseph Ratzinger caberia com uma luva no Atlético. Com influência na CBF através de Lula, garantiria a Copa do Mundo na Kyocera Arena. Não precisaríamos mais de Marcos Teixeira, o primo do Teixeirão, no nosso futebol. Já está frio, Teixeirinha, pode ir embora.

"O Papa jantou sopa de mandioquinha e o almoço deve ter batatas", uma repórter da Globo News acaba de soltar essa. Tenho certeza, Bento XVI, de que no nosso Centro de Treinamentos você teria uma alimentação mais forte e preparada com carinho por nosso time de nutricionistas. Lá pelas bandas do Umbará é tudo bonitinho, cheiroso e chique. Não há problemas. É um país das maravilhas, assim como deve ser o Vaticano.

No grupo que disputaria o Brasileirão, o Sumo Pontífice não discriminaria brancos, negros, amarelos, ruivos, evangélicos e até mesmo umbandistas. Ratzinger tem a noção de que um grupo vencedor é aquele que permanece unido, independendo do credo ou cor. Só que o trabalho desse povo deve de ser dobrado.

Aproveitem a estada do Papa no Brasil e entrem em contato com ele, diretores. Imaginem os jornais do mundo todo estampando Bento XVI com a camisa do Atlético? Treinador por treinador eu sou mais ele. Vadão é bonzinho, mas o Papa é mais. Do jeito que é caridoso, o chefe da igreja católica seria capaz de nem querer salário para trabalhar. E a marca do nosso clube estaria valorizada. Afinal, é só isso que importa hoje em dia.

Só tenho medo de uma coisa. E quando sair gol? A torcida poderia gritar o "Uh, Caldeirão"? O Papa, ainda no banco de reservas, perguntaria: "O que é isso, meu filho?". Algum auxiliar responderia que a Baixada é conhecida como o "caldeirão do diabo".

"Vade Retro, Satanás. Quero voltar pro Vaticano".

"Artur Neto, Flávio Lopes, Heriberto da Cunha e Givanildo Oliveira são sondados pelo Atlético".

Aí não haveria cristão feliz. Jesus amado...


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