Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

O papel de cada um

07/05/2007


O que seria da manhã sem o pão quente, crocante e recém saído do forno? Imagino que horas o padeiro começa a trabalhar para às sete da matina eu já poder comprá-lo! E o motorista que já cedo vem com o ônibus lotado levando todos ao trabalho? E se não fosse a “tia” da limpeza, quem limparia o chão, os corredores e arrumaria o escritório? Cada macaco no seu galho, cada um fazendo sua parte.

Um time de futebol deve funcionar como uma máquina em que cada peça deve trabalhar corretamente e de forma que o trabalho de um complemente o do outro. Invariavelmente, se uma das peças destoa demais das outras, deve ser trocada, ou consertada para que o todo não seja prejudicado.

Por vezes sinto que nosso mestre de obras, nosso pai da máquina, o treinador Oswaldo demora demais para fazer essa reposição, essa troca. Mas ele, mais do que ninguém, convive com todas as peças e deve saber muito melhor que um mero palpiteiro como eu, o porquê daquela peça ainda estar ali. Quarta teremos mais um importante jogo, onde cada peça deve estar azeitada, firme e forte para que o conjunto tenha sucesso.

Posso ser chato, mas cobro de um jogador como Danilo por exemplo, que melhorou muito nas últimas apresentações. Pode parecer pegação no pé, mas Evandro é um jogador acima da média e precisamos dele, principalmente se a marcação sobre o excelente Ferreira estiver mais dura. Precisamos de Denis inteiro, com vontade, com saudade de fazer gols. Precisamos da seriedade e da raça do Alan Bahia, compenetrado, incisivo e chegando no ataque.

E precisamos também que o torcedor continue a dar exemplo e faça sua parte. Este ano a diretoria parece ter se rendido ao fato bastante óbvio de que somos fortes unidos; sem a nação rubro-negra, nos tornamos time comum, um time qualquer. Juntos, com cada um fazendo sua parte, com o apoio incondicional nas cadeiras do Joaquim Américo fazemos de simples jogadores verdadeiros craques, fazemos com que atletas cansados se transformem em guerreiros, fazemos com que cada minuto seja vivido de maneira tão intensa como se fosse o último de nossas vidas.

Até quarta-feira na Baixada, com cada um ciente do seu papel e pronto para fazer a sua parte.

ARREMATE

“Só eu sei, quanto amor, eu guardei/
sem saber, que era só, pra você”.
Só tinha de ser com você, Tom Jobim.


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