Wagner Ribas

Wagner Ribas, 42 anos, consultor, acima de tudo pai e atleticano, costuma viver na Baixada as suas maiores alegrias. Foi colunista da Furacao.com entre 2007 e 2009.

 

 

Ilustres torcedores

03/05/2007


Não, não irei escrever sobre os grandes torcedores atleticanos da história. Aquelas personalidades famosas das quais ouvimos falar diariamente em jornais, televisão ou que temos vasto acervo histórico acerca de seus feitos e provas de amor ao Furacão.

Não que eles não mereçam, mas sim pelo fato de que, pra mim, o Atlético tem tantos torcedores desconhecidos, porém ilustres, que também merecem seu reconhecimento.

O primeiro, seu Moacir. Velho amigo de meu pai, responsável por minha primeira camisa rubro-negra, ou melhor, meu primeiro tip-top atleticano. Logo em sua primeira visita, ainda no hospital, já avisava, “Esse vai ser atleticano”. Foi meu companheiro atleticano em grandes jogos e ainda freqüenta a Baixada. Vez ou outra o encontro por aí. Gente finíssima e atleticano de quatro costados soube também cativar seus dois filhos com as cores rubro-negras, Ricardo e Mariana, aliás, a bela Mariana.

Mesmo com as inúmeras tentativas de meu pai em contrariar a profecia de seu velho amigo, em 1990, aos 8 anos de idade, me descobri atleticano. Comemorei o título de campeão estadual e sofri minha primeira grande decepção com a eliminação do Brasil da Copa do Mundo. A partir daí, passei a compreender os sentimentos causados pelo futebol. Estava, enfim, com o coração aberto para esse esporte tão amado pelos brasileiros.

Na minha “infanto-adolescência”, tive grandes amigos, tão fanáticos quanto eu. Moisés, que de tanto apanhar de seu pai com uma cinta dourada, acabou ganhando o apelido de cintinha dourada. Diego, bom de bola, chorão e reclamão. Seu choro lembrava um cabrito. Leônidas, o mais velho da turma e responsável pelos apelidos da galera. Todos eles foram ilustres amigos e companheiros. Não só em jogos do Atlético, ainda sem a Baixada, mas nos campeonatos de vídeo-game regados com fanta e fandangos, nos grandes embates de futebol de botão, e claro, no futebolzinho, básico, de rua. Amigos de verdade que poderia passar a tarde conversando e discutindo futebol. Hoje, o único com qual tenho contato permanente e continua me acompanhando aos jogos do Furacão é Diego. Os demais, já faz muito tempo que não os encontro. Já ouvi até que, ambos, hoje vivem fora do país.

Já no segundo grau, conheci Zé, Noel e Mario, mais do que grandes amigos, verdadeiros irmãos. Muitas foram as festas e alegrias juntos. Destes, o Zé é o que mais vai aos jogos. Noel, irmão da Bruninha (grande Bruna), pouco, ou quase nunca, aparece. E o Mário, não aquele do armário, tem a incrível marca de ter presenciado na Arena apenas uma vitória, inúmeros empates e nenhuma derrota.

Olho, Roberval, Zé e Asterisco. Grandes parceiros na conquista de 2001. Marcamos presença ali na GV inferior, infernizando o banco de reservas das equipes visitantes. Luxemburgo que o diga.

Os Marcelos, presenças certas na banquinha do Daniel e no Pra Já. Os irmãos cabeludos, Arno, Danilo, Sidclei, Paulo, os brigões e o pessoal ali da entrada 107 que conheci em 2004 e que continua ali até hoje, nos mesmos lugares. Grandes atleticanos!

Claro que não poderia deixar de citar minha pequena filha, gerada no ventre de uma também atleticana. A qual tenho muito carinho e a considero grande amiga. Mesmo que os nossos destinos estejam traçados por caminhos diferentes, deixamos um importantíssimo legado para a pequena Isabela, que é o amor e o orgulho de ser rubro-negro.

No ano de 2004, em busca de mais informações sobre nosso amado Furacão, entrei para o fórum furacao.com. Ali, junto a milhares de outros atleticanos, passei a acompanhar o dia-dia do Atlético com mais afinco e permaneço até hoje.

Espaço com pessoas de personalidade forte e opiniões marcantes. Outros mais sádicos e gozadores. Aqueles que só aparecem nas derrotas, outros, que longe de Curitiba, tem o fórum como principal instrumento em busca de mais informações sobre o Atlético.

Mais um lugar onde fiz muitos amigos e conheci pessoas ilustríssimas. Atleticanas como as meninas Paty, Mari, Nadja, Marota, Robertinha e Monique. Os gozadores Eduardos e o Polaco, a família Naves, os companheiros do VDJ, Kakko, Fatcho, Dudu e Caballero. Os quebradores de garrafa, putos, Defert e Domingues. Os infomaníacos Glauco e Thiago. As personalidades fortes do Rodox, Kaiut e quiqueshow. Os criadores e mantenedores do site Juarez, Cléverson, Marçal, Campelo e Rogério. Os criadores do mosaico, Henk, Luizz, Silvio entre outros. Todos grandes amigos e atleticanos.

Cada um tem uma história. Talvez alguns personagens se repitam. Mas o mais importante, é saber que cada atleticano é ilustre. E cada um, mesmo que tenha sido em pequeno momento, contribuiu para que o Atlético pudesse chegar onde hoje esta. Seja agindo diretamente no clube, ou cativando mais um torcedor. A galera rubro-negra é mágica.

Aos grandes amigos e irmãos não atleticanos, Eduardo, Rafael, Vinicius e Daniel. Não sintam-se desprivilegiados. Esta é uma coluna dedicada aos rubro-negros de coração.


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