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Rodrigo Abud
Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.
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Planos e planejamento
02/05/2007
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InÃcio do ano e a direção do Furacão expôs para a imprensa qual seriam os focos do clube no ano de 2007. No primeiro semestre a prioridade seria a conquista da Copa do Brasil e no segundo semestre, o tÃtulo do Campeonato Brasileiro.
InÃcio do mês de maio e, infelizmente, o planejamento realizado não me convence. Estamos nas quartas-de-final da Copa do Brasil e temos a obrigação de chegar ao tÃtulo, porém chegamos nessa fase aos trancos e barrancos, contra adversários de porte médio pra baixo.
Deixamos de conquistar um campeonato estadual de qualidade técnica muito baixa. Louve-se o esforço dos times do interior, que mesmo com poucos recursos montam equipes para a disputa do estadual, mas mesmo assim não dá para admitir que um clube como o Atlético, com uma alta folha salarial mensal, paga em dia, com a estrutura que possui, jogadores comendo do bom e do melhor e com lençóis trocados diariamente não chegue à final da competição.
Seguindo o mesmo pensamento anterior não se pode admitir uma goleada do Vitória, do Atlético Goianiense, seja jogando na Bahia, em Goiânia ou em La Paz.
E o que esperar do próximo confronto contra o Fluminense, equipe que por sinal está mal das pernas. Time que não conseguiu chegar à final em nenhum dos dois turnos do Campeonato Carioca, perdendo espaço para Cabofriense, Madureira, América e Volta Redonda.
Temos que respeitar sim o adversário, mas já se foi aquele tempo em que enfrentar os times cariocas era um tormento. PerÃodo que o nosso clube não conseguia montar grandes times e ainda por cima tÃnhamos sérios problemas com a arbitragem, que não via problema algum em favorecer as equipes cariocas.
Como faremos o primeiro jogo no Maracanã, agora não tem desculpa. Ninguém mais agüenta aquele discurso manjado das derrotas fora de casa: "Não tem nada perdido e na Baixada a torcida fará a diferença". Na parte que a torcida fará a diferença ninguém duvida, mas o que tem que ficar claro para os jogadores é que no Maracanã vocês atletas têm de fazer a diferença. Em outras palavras, jogar com vontade, disciplina, coragem, sem medo de vencer.
A torcida quer tomar chopp na praça, quer voltar a disputar a Copa Libertadores. A promoção na redução do preço dos ingressos é valiosa e veio em boa hora, mas de nada vai adiantar se não chegarmos ao tÃtulo.
Analisando a produtividade da equipe atleticana nas competições até o momento fico muito preocupando com o planejamento para o Brasileirão. Nada de reforços e pior, podemos acabar perdendo atletas para outras equipes adversárias na competição.
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