Patricia Bahr

Patricia Caroline Bahr, 43 anos, é jornalista e se descobriu atleticana nas arquibancadas do Pinheirão, no meio da torcida, quando pôde sentir o que era o Atlético através dos gritos dos torcedores, que no berro fazem do Furacão o melhor time do mundo. Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2010.

 

 

Rink eterno

30/04/2007


A diferença entre um jogador de futebol e um ídolo pode ser percebida em detalhes. O atleta joga num clube, cumpre suas obrigações de profissional, até conquista títulos e muitas vezes reconhecimento. O ídolo se identifica com o clube. Respeita as cores da camisa que veste, a torcida, a instituição. Ama, se apaixona.... não simplesmente joga, mas vive o dia-a-dia do clube com muita intensidade. Nessa galeria, o nome de Paulo Rink é cativo entre os ídolos do Clube Atlético Paranaense.

Paulo Rink era em campo o que todo torcedor sempre desejou ser. O fato de ser desde criança atleticano fez com que ele, quando se profissionalizou, calçasse as chuteiras, vestisse a camisa e fosse um torcedor dentro de campo. E qual garoto, com seus sete, oito anos, não sonhou um dia com isso? Talvez daí já venha, logo de cara, uma natural identificação do jogador com a torcida.

Talvez Rink nem saiba.... mas naquele time de 1995, que nos fez sonhar com objetivos mais ousados, ele e Ricardo Pinto foram minhas principais referências. Eu, com meus 13-14 anos, via pela primeira vez o meu Atlético brilhar pelo Brasil, comandado pelos gols de Paulo Rink e as belas defesas de Ricardo Pinto.

Agora, Paulo Rink se despede do futebol. Despede-se com a gostosa sensação de dever cumprido, olhando para trás e vendo tudo de bom que construiu na história do Atlético Paranaense. Ídolos não nos deixam.... simplesmente entram para eternidade. E é assim que Paulo Rink deve se sentir a partir de agora. Obrigada, Paulo Rink! Obrigada pelos gols que marcou, pelos títulos que conquistou, pelos lances mágicos que protagonizou, pelas partidas inesquecíveis que disputou. Mas principalmente, obrigada por ser um ídolo na história do Atlético, por sempre ter amado e respeitado o clube e sua torcida. Obrigada por ser a personificação do nosso hino e a cada jogo mostrar a cada um de nós que você sempre vestiu a camisa Rubro-negra com amor! Muito obrigada!


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