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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Coisas que precisam ser ditas
29/04/2007
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Hoje, tal qual o frio típico da cidade de Curitiba, com aquele fio de garoa pronto pra arrebentar qualquer tipo de garganta, quero escrever uma coluna também fria, mas que deve nos remeter a alguns assuntos que, considero eu, de extrema importância e que não devem simplesmente “cair no esquecimento”.
Na verdade, escrevo sobre dois tópicos apenas, um que pode beneficiar o clube e outro que pode beneficiar o torcedor e o clube ao mesmo tempo. Pois bem, vamos lá:
Tópico 1 – Arbitragem tendenciosa
Por dois jogos seguidos tivemos a presença de dois elementos muito suspeitos na Arena da Baixada: Héber Roberto Lopes e Giulliano Bozzano. Ao meu ver, um mais “cara de pau” que o outro. Metem (e meteram) a mão assim, na “cara dura”, sem vergonha, sem pudor, sem medo.
No primeiro jogo, apitado por Héber Roberto Lopes, contamos ainda com a falta de rendimento do time dentro de campo, o que na verdade contribuiu para a formação da desgraça. Perder para o Paraná Clube não foi nada bom, ser roubado pelo árbitro também não foi legal, mas grande parte da derrota também devemos à displicência dos jogadores que não suportaram a “obrigação” de vencer. Coisas do futebol, que fizeram Héber Roberto Lopes ser esquecido. Faço aqui um apelo aos diretores do Atlético: Héber Roberto Lopes não pode ser esquecido. Temos que grifar seu nome, bem forte, em nossa lista negra.
Segundo jogo, mais uma arbitragem duvidosa. Este sim, foi absurdamente tendencioso, indiscreto e nitidamente decidido a arruinar a vida do Atlético. Giulliano Bozzano simplesmente, aos poucos, “operou” o Atlético dentro da Arena. De todas as maneiras, para quem não lembra, ele tentou nos tirar a classificação. Inverteu faltas, abriu mão de cartões, se posicionou longe dos lances e só foi “esquecido” porque hoje nós estamos classificados. Mas ele tentou, de todas as formas, destruir o placar do nosso Atlético.
E o nosso Atlético foi o melhor, não tão exuberante (ou nada exuberante) como no jogo contra o Vitória/BA, mas soube utilizar um pouco das suas virtudes e a fraqueza do outro Atlético para fazer o resultado e ser mais forte que o juiz do jogo. Uma vergonha o que este senhor do Distrito Federal aprontou na Baixada. E para que ele não seja simplesmente “esquecido”, cito dois lances, entre tantas lambanças proporcionadas por este árbitro.
Lance 1 – Falta invertida
No segundo tempo de jogo, o jogador do Atlético Goianiense carregava a bola no campo de ataque, em direção ao centro do campo, mais ou menos em direção à meia-lua da grande área. Ferreira, vindo de trás, lhe roubou a bola, lhe tomou a frente e, após ter o domínio da jogada, sofreu falta escandalosa. Foi calçado pelo jogador de Goiânia e caiu na grama. Inacreditavelmente a falta foi invertida. Falta de Ferreira sobre o atacante do outro Atlético. Incrível, mas Giulliano Bozzano não teve nem vergonha para disfarçar este absurdo. Inverteu a falta, pois a jogada era próxima à entrada da grande área e levaria muito perigo ao gol do Furacão.
Lance 2 – Recuo de bola
Existe uma grande diferença entre ser um árbitro “ruim” e um árbitro “mal intencionado”. O Atlético havia adiantado a marcação no meio de campo, mas em uma roubada de bola, o jogador do Atlético Goianiense tentou lançar a bola em direção à lateral direita, quando Nei se jogou, cortando o lançamento e espirrando a bola em direção ao goleiro Guilherme. Guilherme saiu da grande área, trouxe a bola para dentro e pegou a bola com as mãos. Um ato de muita coragem e muita ousadia fez o ladrão Giulliano Bozzano acusar “recuo de bola”, assinalando a infração contra o Atlético Paranaense. Inacreditável, inacreditável! Ruim? Não, muito mal intencionado, sem a mínima vergonha na cara.
Pelo amor de Deus, diretores, não vamos deixar isso passar em branco. Não vamos deixar morrer este assunto só pelo motivo de conseguirmos a classificação. Exatamente por isso é que temos que acionar o nosso departamento jurídico e exigir a punição de Giulliano Bozzano. Este juiz não pode mais apitar os jogos do Atlético, de maneira alguma. Isto precisa ser feito com urgência, pois estamos próximos do primeiro jogo das quartas de finais e temos excelentes chances de avançar na competição.
A hora é agora. Não vamos esperar a próxima “operação” para descruzar os braços e agir contra um árbitro de futebol. Pode ser tarde, e o árbitro poderá até ser punido, mas a vaga pode não mais retornar. É hora de prevenção. Vamos começar a nos armar de todos os lados, pois estão todos querendo derrubar o Atlético Paranaense. Quando o leite estiver derramado, não adiantará mais. Repito, a hora é agora! Punição ao Giulliano Bozzano.
Tópico 2 – Setor Curvas
O erro foi constatado, e até agora ninguém tocou neste assunto, talvez pelo lançamento do plano Sócio Furacão, o qual dificulta qualquer mudança referente a valores ou setores na Kyocera Arena. Mas uma exceção foi aberta, e outro assunto precisa ser repensado, pois ainda temos tempo para correr atrás de algum benefício.
O setor curvas jamais poderia ser igualado ao setor retas, essa é a grande verdade. Na pior das hipóteses, que fosse igualado ao setor gols, como já aconteceu em anos anteriores. O valor de R$ 40,00 atrai, sem dúvida alguma, mais torcedores às retas do que às curvas. Torcedores apenas se deslocam às curvas quando não existem mais lugares nas retas, ou por motivos isolados, quase não existentes.
Já pudemos observar isso principalmente em três oportunidades: contra o Vitória, Paraná e Atlético Goianiense. Em todos estes jogos, nitidamente observou-se o “buraco” nas curvas, tanto no setor inferior como superior. Sei que existem sócios no setor curvas, mas acredito que tudo possa ser negociado para obtermos, novamente, benefícios para não mais vermos os vazios nas curvas.
Ou concede-se um abatimento aos sócios, criam-se novos valores para as curvas, busca-se um valor médio entre setores gols e retas, enfim, estudando melhor, algumas alternativas podem perfeitamente ser aplicadas. O campeonato paranaense já foi, a Copa do Brasil já possui uma proposta e as promoções permanecem, mas para o campeonato brasileiro, ainda há tempo de correr atrás de um novo modelo e rever este conceito. Dá tempo, e é tão importante para o torcedor quanto para o clube.
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