Wagner Ribas

Wagner Ribas, 42 anos, consultor, acima de tudo pai e atleticano, costuma viver na Baixada as suas maiores alegrias. Foi colunista da Furacao.com entre 2007 e 2009.

 

 

Fato novo, agora!

24/04/2007


Osvaldo Alwarez é um cara bondoso, gente fina, de coração enorme. Pessoa íntegra e um ser humano com excelentes qualidades.

Quando retornou ao Atlético, acreditei que desta vez, ele teria maior sucesso do que em sua primeira passagem, quando nos classificou para a Copa Libertadores e no ano seguinte fez a melhor campanha na primeira fase do torneio continental. Com tempo de sobra para trabalhar, executar um bom planejamento e montar uma equipe competitiva, e com um elenco que, acreditem, está entre os melhores do Brasil, tinha tudo para alcançar o sucesso. Mas não conseguiu.

Teimoso, pecou em diversos aspectos. Por exemplo, a seqüência em que manteve Christian no meio de campo titular, preterindo ao jovem e qualificado Evandro. Claro que o ser humano não pode ser perfeito, e reconhecer o erro é importante. E mesmo que a mudança tenha vindo com longo delay, e após insistentes críticas da torcida, ele finalmente mudou. Mas em vários outros aspectos, continua de olhos fechados. Demora para reconhecer seus erros, e quando o faz, demora ainda mais para corrigi-los.

Um exemplo clássico, que vem irritando tanto à mim, como a muitos outros atleticanos, é seu excesso de zelo defensivo desestruturado. Não sei vocês já notaram, mas a cargo de quem ficam nossos contra-ataques quando o time adversário tem alguma falta, ou um escanteio, próximos a nossa área? Ninguém, pois ninguém fica na sobra. Todos os jogadores ficam dentro da área, ou, no máximo, na entrada dela. Deixando a sobra para os adversários.

Para mim, esse é um dos principais fatores de termos levado tantos gols de cabeça. É muita gente dentro da área. E isso, com certeza, acaba confundindo a marcação. Todos vão com intenção de marcar, mas ninguém marca. Deixa na minha que eu deixo na sua. E por ai vai.

Eu torci para o Vadão. Torci de coração que ele conseguisse conquistar seu sucesso por aqui. Afinal, bom resultado pra ele, significariam títulos para nós. Mas confesso que estou cansado. Cansado de ver sempre as mesmas jogadas, aliás, a falta delas. A falta de nossa marca registrada que é o contra-ataque rápido e eficiente. Estou sacudo para a previsibilidade do time atleticano. Cansei!

Sinceramente, acho que precisamos de um fato novo. Petráglia, como bom administrador que é, sabe muito bem que um planejamento nunca será cem por cento correto. Ajustes e correções sempre serão necessários, de acordo os percalços e avanços. E pra mim, chegou a hora. Uma mudança antecedendo a partida contra o xará goiano, seria importantíssima.

Infelizmente nada aconteceu, mas acredito que mesmo vencendo amanhã pelo placar de 2 gols necessários, o que nos levaria adiante em nosso principal objetivo para o primeiro semestre, precisaremos de mudanças. E pra mim, uma troca de comando é o melhor caminho. Leão e Renight Gaúcho estão disponíveis, quem sabe um deles não poderia pintar por aqui?

O primeiro já consagrado, mesmo com toda sua polêmica. Sabe lançar jovens garotos e estaria longe dos olofotes da mídia paulistana. O segundo, conseguiu fazer um time carregado por Moraes e Valdiran, chegar a uma final de Copa do Brasil e ficar muito próximo de uma vaga para a Libertadores.

Amanhã estarei na Baixada, acompanhado de meus grandes amigos atleticanos, para apoiar e torcer pelo Furacão. Durante o jogo, o espírito será o mesmo que me acompanhou contra o Vitória, mas confesso que, meus ânimos estão a flor da pele. Prometo vibrar, cantar e não xingar, pelo menos durante o jogo. E convido a todos, para que façam o mesmo.

Independente se quem estará em campo são aqueles que odiamos ou que amamos, eles estarão vestindo nosso manto sagrado, e nesse momento, tudo que mais desejo, é o sucesso do nosso Furacão.


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