Fernanda Romagnoli

Fernanda Romagnoli, 51 anos, é atleticana de coração, casada com um atleticano e mãe de dois atleticanos. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2009.

 

 

Doze contra o sono

22/04/2007


É, estamos fora. De agora em diante está aberta a temporada de zoação do pessoal do estádio rebocado pra cima dos atleticanos, mas a verdade é uma só: foram doze contra onze. Depois onze contra dez.

O jogo foi um clássico da psicologia. A mais pura e simples administração por conflito e abuso de poder, não necessariamente nessa ordem. O senhor que apita mandou e desmandou no jogo de forma a mostrar toda a sua parcialidade que é, curiosamente, sempre contra o Atlético.

Puxem pela memória, não há um jogo que este sujeito de ética profissional duvidosa não tenha prejudicado o Atlético pela falta de critério e total falta de respeito com o torcedor. Seja de qualquer lado. Porque uma pergunta fica no ar: Será que o resultado seria esse sem a ajuda do cara do apito?

Em primeiro lugar, este senhor deixou o time das três cores surrar os jogadores do Atlético em pleno jogo, na sua frente, com a Kyocera Arena quase lotada. Como isso não bastasse, ele usou de dois pesos e duas medidas ao aplicar as suas sanções. Se nosso jogador foi expulso pelo que fez, havia pelo menos três jogadores do outro time que deveriam ter sido expulsos já no primeiro tempo.

Ele conseguiu o que queria. Foi minando, um por um, todo o lado rubro-negro presente no estádio. Abalou a confiança, desestruturou o time, desanimou a torcida. Indignou até a mais calma criatura - às vezes calma até demais – o técnico atleticano foi expulso por reclamação. Enfim, por ser o maior poder em campo foi uma verdadeira covardia.

Tudo bem que isso possa ter sido a causa de nossa derrota. Afinal, o time da vila é ruim e “ficou grande” com as, digamos assim, facilidades proporcionadas pelo elemento de amarelo. Só que a medida que as coisas foram acontecendo, pudemos perceber o quão frágil é nosso time.

Tínhamos em campo alguns paradoxos. Guilherme aproveitando sua chance enquanto Nei nos fazia sentir saudades de Jancarlo. Antes da lambanças mais cruciais do árbitro, havia um corredor na lateral direita pronta para receber um ataque e um cruzamento decente. Não foi o que vimos, mas ele não foi o único a ceder à pressão. Estou citando-o como exemplo porque apostava minhas fichas nesse jogador, ainda aposto.

Em resumo, tirando Guilherme os recorrentes Marcão, Ferreira e Alex Mineiro, o time deu sono. Agora nos resta torcer para que os outros times do brasileirão sejam piores e assim, não tenhamos de nos encontrar com o time do estádio-museu na segunda divisão do ano que vem.

Entretanto, na vida sempre há espaço para escolhas e eu espero que os que podem, já tenham escolhido por reforços. Urgente!


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