Silvio Rauth Filho

Silvio Rauth Filho, 50 anos, descobriu sua paixão pelo Atlético em um dia de 1983, quando assistiu, com mais 65 mil pessoas ao seu lado, ao massacre de um certo time que tinha um tal de Zico. Deste então, seu amor vem crescendo. Exerce a profissão de jornalista desde 1995 e, desde 1996, trabalha no Jornal do Estado. Foi colunista da Furacao.com entre 2004 e 2009.

 

 

Craque, dentro e fora do campo

09/04/2007


É impressionante como os craques são brilhantes até fora de campo. Desde que comecei a trabalhar como repórter, há 11 anos, fiz as melhores entrevistas exatamente com jogadores de alta qualidade. Não foram muitos, mas os grandes atletas que tive a oportunidade de conhecer pessoalmente demonstraram educação, personalidade e respeito aos profissionais de outras áreas – o que inclui, obviamente, os jornalistas.

Entre aqueles que me impressionaram pelo bom futebol e pelo relacionamento maduro com a imprensa, posso citar Washington, Ilan, Jadson, Fernandinho, Diego, Kelly, Lucas, Nowak, Alex (ex-Coritiba), Ricardinho (ex-Paraná), Caio Júnior, Rivaldo e Edmundo.

Curiosamente, os babacas que já tive que suportar eram pernas-de-pau. O pior deles era um frangueiro que jogou no Paraná Clube e no Coritiba. Além de fraco debaixo dos paus, era arrogante e preguiçoso no trato com a imprensa. Na verdade, não deveria estar aqui falando mal dele, já que ajudou o Atlético, entregando gols importantíssimos quando enganava em outros clubes.

Mas não vamos falar dos malas. Fiz essa introdução apenas para elogiar esse grande craque que é Alex Mineiro. Dentro de campo, tem se mostrado um jogador único, incomparável. Ninguém no futebol brasileiro consegue ter um posicionamento tão irreverente e, ao mesmo tempo, inteligente. Destrói os sistemas táticos adversários apenas com alguns passos bem dados. Tudo isso aliado a sua precisão nos passes – que quase sempre são assistências – e nos chutes.

Fora de campo, mantém a mesma simplicidade do início de 2001, quando ainda era um jogador pouco conhecido. Pelo menos, trata a imprensa com educação, aguarda com paciência até a última pergunta e parece compreender a dificuldade que é escrever o dia-a-dia do Atlético nesses dias de “ultra-disciplina”.

Importante ressaltar que os profissionais da imprensa – pelo menos os sérios - não querem bajulação ou mordomia. Apenas respeito por parte dos jogadores e do clube. Vadão e a maioria dos seus comandandos têm mostrado isso.

Mais importante ainda é lembrar que os setoristas do Atlético fazem a ligação entre o clube e o torcedor. E todos que estiveram na Arena em 5 de abril sabem muito bem a diferença que uma torcida ligada faz...


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