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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Meu querido Furacão!
07/04/2007
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Hoje quero falar de amor. Hoje quero falar de saudade. Hoje quero falar de respeito. A noite de 5 de abril, quinta-feira da esperança, quinta-feira da fé e quinta-feira da união, ainda está muito viva nas minhas lembranças. E ficará, por muitos e muitos dias. Talvez jamais seja esquecida, assim como não foram esquecidas muitas noites em que o Atlético e nós, demos as mãos e chegamos a uma verdadeira explosão de sentimentos.
O que vimos na noite de 5 de abril, não foi somente uma brilhante e fundamental raça e garra atleticana dentro e fora da grama. O que vimos foi uma real sinergia entre diretoria, torcida, time e universo. Tudo, mas tudo mesmo, conspirou a favor do Atlético. O universo estava conspirando a nosso favor, essa é a grande verdade. Nem mesmo o gol perdido por Ferreira quando o placar ainda estava em branco, nem mesmo algumas bolas perdidas na defesa, nem mesmo o grande susto que o goleiro Cléber nos deu ao não segurar a bola úmida, serviu para apagar as luzes na noite que foi uma das mais belas da história do Atlético.
Quinta-feira, noite de 5 de abril, sentimos pulsar muito forte o amor dentro de nós. Quinta-feira, matamos as saudades da guerreira, sofrida e incansável torcida atleticana. Ah, que torcida! Merecedora de aplausos, merecedora de uma classificação que estava quase escorregando por entre nossos dedos, por um vacilo na terra baiana que deve virar uma placa na preleção de todos os jogos que estão por vir na Copa do Brasil. Ah, quinta-feira, 5 de abril de 2007, uma noite onde houve, acima de tudo, respeito. Respeito da diretoria, que hoje não pode ter qualquer dúvida da importância do Atlético quando aliado ao seu torcedor. Respeito da maravilhosa torcida atleticana que soube aproveitar cada centavo dessa precisa promoção de ingressos para estar ao lado da sua maior paixão.
Atlético! Atlético! Atlético! Há quanto tempo não tínhamos uma noite tão linda, um encontro tão misterioso, que nos reservava centenas de emoções, todas quase ao mesmo tempo. Ah, Atlético, não há nada para ser comprovado, não há mais nada para ser colocado em dúvida. Nós, torcedores, não vivemos sem você, e você, não suporta a sobrevivência sem a nossa presença.
A noite de quinta-feira foi uma das noites mais mágicas e espetaculares da nossa relação. Foi um capítulo tão especial, que entrou para a história assim que o apito final nos disse: “Vá, Atlético. Vá brilhar!”
O que toma conta da minha mente e do meu coração, desde a noite de quinta-feira, é apenas amor, apenas saudade, apenas respeito. Tudo o que não pode faltar em uma relação, a qual não sobrevive se não houver, batendo forte, estes três sentimentos. Eu e mais milhares de atleticanos que estiveram presentes na noite de quinta-feira, 5 de abril, quando presenciamos os jogadores em campo erguendo as mãos no final do jogo, pedindo para a torcida cantar, quando estes mesmos jogadores vieram perto de nós, torcedores, para cantar juntos a mesma canção, chegamos mais uma vez a conclusão de que sem o Atlético, não somos ninguém.
Quinta-feira, 5 de abril, o Atlético não alcançou somente a sua classificação. Alcançou a paz, alcançou a união, alcançou a força para quem sabe, não deixar que ninguém mais nos arranque do peito essa alegria de ser campeão. Vá Atlético, brilhe! Porque sempre quero te ver brilhar.
Obrigado, meu querido Furacão!
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