Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

A caminho da vaga

30/03/2007


Confirmado: o dono da vaga é o Vitória. Eu, particularmente, gostei. O Atlético precisa correr atrás do prejuízo, precisa fazer do vacilo em Salvador, uma superação. É um baita risco jogar contra o Vitória na situação em que estamos, logicamente devido ao elástico marcador aplicado pelo Vitória no Barradão. Mas a culpa é única e exclusivamente do time do Atlético.

Todos sabemos que aqui na Baixada, os jogadores precisarão descer do salto (espero que já tenham descido) e entrar em campo sabendo que jogarão contra o Vitória da Bahia. Isso, o Vitória do Barradão. Não importa a divisão, não importa quem foi ou quem será o time do Vitória, o que importa é que o Vitória sempre foi este time ousado, perigoso, e que principalmente em seus domínios, sempre exigiu respeito. O Atlético fechou os olhos para tudo isso e tomou uma “sacola”. Futebol tem dessas coisas, e já tinha gente achando que a obrigação do Furacão era simplesmente varrer o time baiano no Barradão. A falta de humildade foi o preço do prejuízo.

E agora, Atlético?

Agora, duas mudanças tornam-se essenciais: pelo menos neste jogo extremamente importante da próxima quinta-feira, Marcão precisa ser titular na lateral esquerda. Se Vadão quer tentar mais vezes com Michel, que tente no campeonato paranaense, podendo ser inclusive domingo, contra o Paranavaí.

A outra mudança é na zaga. Com o deslocamento de Marcão, Rogério Corrêa deve ser o nosso xerife contra o Vitória. Falar da saída de Danilo é dar murro em ponta de faca, então não vou perder este tempo. Desta forma, a dupla de zaga deverá ser composta por Rogério e Danilo. Lembrando que tomos estamos pensando no ataque, fazer dois, três, quatro gols, mas se tomarmos gol, o prejuízo dobra.

Sem essas duas mudanças, ao meu ver, o Atlético corre um sério risco de perder, mais uma vez em casa, a vaga na Copa do Brasil. Mas caso Vadão “nos dê” uma chance, o Atlético vai entrar em campo muito mais reforçado, e conquistando a vaga, estaremos bastante fortalecidos na competição.

O papel do torcedor

Não se pode pensar em outra coisa a não ser lotar a Baixada. Se dentro de campo, o Atlético possui a sua missão, fora da grama, mas bem próximo dela, o torcedor terá a obrigação de ajudar o Furacão a vencer.

Com nosso estilo vibrante e nossa força, dentro da Baixada, precisamos jogar junto com o Atlético. Temos condições de reverter a situação? Sim, temos, desde que tenhamos os pés no chão, sabendo que se o Vitória é gigante no Barradão, nós também somos na Arena da Baixada.

Se segura! Dia 5 de abril, noite de quinta-feira, a Baixada vai tremer.


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