Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Liberdade de imprensa

27/03/2007


Muito se falou, especulou e se comentou sobre a proibição por parte do Atlético, ao trabalho da Rede Transamérica domingo último na Baixada, forçando a emissora a buscar seus direitos via medida judicial. Longe de querer defender uma atitude da diretoria que foi semelhante ao desproposital erro da Fanáticos há duas semanas atrás, quando, cercada de direitos e dentro de suas responsabilidades, mirou, mas atirou no alvo errado, mas creio que o clube tem lá seus motivos.

Como muito bem lembrado pelo cronista Airton Cordeiro, de louvável passado político em nosso Estado, a liberdade é um bem, um dom, um patrimônio incomensurável. E ele coaduna com a opinião de que o jornalista deve ter um compromisso com a verdade. Mas não necessariamente a sua verdade é a absoluta.

Como atleticano, vejo certa dose de maldade em alguns de seus comentários. Necessariamente para falar algo bom do rubro-negro, o referido colunista procura lembrar e exarcebar algum episódio menos louvável, preferencialmente da atual direção atleticana para pontuar suas opiniões. Longe de querer pauta-lo, pois estaria aí sim atentando contra sua liberdade de expressar o que entende do futebol, mas ele sempre gosta de apagar algum incêndio no Atlético à base de querosene!

Entretanto sinto um rancor descabido. Ou se não é descabido, gostaria muito de saber o que o faz tão crítico, tão ácido com o Atlético, comprovadamente o clube que mais cresceu no Paraná na última década, quer seja patrimonialmente, em conquistas, reconhecimento e respeito. Arrisco a dizer, foi o que mais cresceu no Brasil nesses quesitos.

Criticas, a meu ver serão sempre bem vindas, desde que nutridas de boas intenções e propostas concretas que ajudem a superar o problema apontado. Criticar por criticar, torna o comentário esboroado, inócuo e vazio.

Por fim, gostaria que com a mesma veemência associações, sindicatos e tudo mais mostrassem sua indignação e solidariedade com cronistas, jornalistas e repórteres que não pisam há anos em alguns estádios da capital por força de ordem do clube mandante ou mesmo pressão da massa torcedora, visto que isolamento e segurança da crônica esportiva, há somente na Baixada aqui em Curitiba. Na dúvida questionem Carneiro Neto, Fernando Gomes, Sicupira e até mesmo o Capitão Hidalgo se todos se sentem à vontade ou se tem permissão de entrar em todas as cabines de imprensa da região.

ARREMATE

“Seu direito termina onde começa o meu”



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