Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

Que venham mais 83!

26/03/2007


Parabéns Clube Atlético do(s) Paranaense(s). Oitenta e três anos de história. Com você todos nós sorrimos, sofremos, brigamos, choramos e cada segundo da existência do clube nos faz mais atleticanos ainda.

Dos momentos que acompanhei (acompanhamos) poderia citar vários. As vitórias, os títulos, as confusões e as amargas derrotas. Não sei como os demais colegas farão a sua reverência ao clube. Podem parabenizar a torcida – na minha modesta opinião os atores principais deste filme de 83 anos. Podem lembrar de jogadores que passaram pela vida do clube durante esse tempo todo, dá para lembrar dos títulos conquistados ou ainda lembrar de jogos e/ou momentos inesquecíveis - e olha que são muitos.

Nesse final de semana encontrei, em casa, um quadro com a capa do caderno de esportes da Folha de São Paulo, quando do título brasileiro de 2001. Só de olhar a foto, com o título “Campeão” deu um arrepio. Porém, acredito que não foi esse momento o mais importante da vida do Atlético. O ano era 1995, as vitórias minguavam e o Atlético enfrentava o seu principal adversário regional, dentro do campo deles. Para ajudar era domingo de Páscoa e tomamos um chocolate 5 x 1, todos lembram. Foi um domingo desastroso dentro de campo. Não surpreende quando uma torcida adversária tira onda da outra, mas naquele domingo até os jogadores estavam achincalhando os torcedores, quando na comemoração dos gols imitavam singelos coelhos de páscoa.

Todos sabem que esse momento foi o divisor de águas na história do clube, mas ele não começou quando no final do jogo o então Conselheiro Mario Celso Petraglia se indignou e no ato seguinte assumiu a presidência do clube, com uma administração empresarial. O momento que mudou o rumo da história do nosso querido furacão aconteceu no quinto gol coxa, quando mesmo tomando um sacode a massa rubro-negra entoou o hino, calando a comemoração da torcida adversária, arrepiando a própria torcida atleticana e tocando no coração dos homens que resolveram colocar o Clube Atlético do(s) Paranaense(s) no eixo. Os títulos continuarão vindo. As vitórias e derrotas também, mas desse momento jamais nem eu nem toda a nação rubro-negra esquecerá.

Obrigado Clube Atlético do(s) Paranaense(s) por existir, sem você a vida de milhões de torcedores seria bem mais vazia.

Saudações rubro-negras!


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