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Silvio Rauth Filho
Silvio Rauth Filho, 50 anos, descobriu sua paixão pelo Atlético em um dia de 1983, quando assistiu, com mais 65 mil pessoas ao seu lado, ao massacre de um certo time que tinha um tal de Zico. Deste então, seu amor vem crescendo. Exerce a profissão de jornalista desde 1995 e, desde 1996, trabalha no Jornal do Estado. Foi colunista da Furacao.com entre 2004 e 2009.
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Estadual, só para os pequenos
24/03/2007
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Falar mal do Campeonato Paranaense é perda de tempo. Os fracassos e as lambanças dos envolvidos na competição nunca ficaram tão evidentes como em 2007. Brigas intermináveis no tapetão, WO, diárreia no Pinheirão, falta de segurança nos estádios, um time jogando duas vezes em 48 horas, clubes sem torcida, violência em campo, violência fora de campo... Nada de novo. Mas, nunca tivemos tantos problemas de uma vez só.
O grande vilão dessa baderna toda é o regulamento ridÃculo da competição, que coloca 16 clubes na primeira divisão. Um exagero sem sentido. Se tivéssemos oito ou dez times já seria uma bondade demasiada com as equipes do interior. Mas não adianta só ficar criticando. Temos que apresentar soluções. Em conversas com apaixonados por futebol e pessoas que se preocupam com a saúde dos clubes, chegamos a uma proposta para os quatro primeiros meses do calendário.
A idéia é resgatar a Copa Sul, utilizando as 25 datas disponÃveis exclusivamente para essa competição. Jogariam apenas os quatro melhores clubes de cada estado – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Hoje, por exemplo, terÃamos uma competição com Atlético, Coritiba, Paraná, Adap Galo, Grêmio, Inter, Juventude, Caxias, Figueirense, AvaÃ, Joinville e Criciúma. Esses clubes não teriam vaga assegurada na competição. O pior clube de cada Estado na Copa Sul seria "rebaixado", voltando a disputar o Estadual.
Seguindo essa idéia, os campeonatos paranaense, catarinense e gaúcho continuariam normalmente, com as equipes que não jogam a Copa Sul. E, dessa forma, poderia durar o ano inteiro, garantindo calendário para os pequenos. O grande atratativo é que o campeão de cada Estado ganharia uma vaga na Copa Sul no ano seguinte.
No fim das contas, a proposta não traz grandes inovações e é bem simples. E, com certeza, é muito melhor que o caos de 25 rodadas criado por brilhantes dirigentes.
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