Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

O cara

15/03/2007


A vida, cada vez mais corrida, nos leva a sermos mais críticos e por vezes com um “azedume” muito grande no coração. Temos coisas belas, grandiosas e importantes em frente ao nosso septo nasal e muitas vezes as desperdiçamos, por falta de tempo ou de atenção.

Pensando no esporte, sou um privilegiado. Se não pude ver Pelé, acompanhei ascensão e queda do mito Maradona, vi Zico, me deslumbrei com Romário, os Ronaldos e Rivaldo, a meu ver um grande injustiçado em seu próprio país. Se não vi o argentino Fanggio, acordava cedo nas manhãs de domingo para ver Senna dar show e depois acompanhei abismado o frio alemão Michael Schumacher ir batendo, um a um, todos os números possíveis.

Nunca fui muito fã, mas de leve vi o final da era Mc Enroe, o reinado de Pete Sampras e vejo hoje os impressionantes números do suíço Roger Federer. Tigger Woods, grande nome do golfe e os excepcionais nadadores Alexander Popov, depois o fenomenal Ian Thorpe, tão novo e já aposentado são da minha época.

E por isso acho que torcidas que tiveram seus grandes nomes num passado já longínquo, não são tão privilegiadas como meu sinto. Há times, cujos ícones são atletas das décadas de 50, 60 e pouco mais do que metade dos anos 70. Nós temos Sicupira . Ele, maior artilheiro da história atleticana, ainda é vivo e pode contar algumas das interessantes histórias que viveu no Furacão em quase uma década de dedicação ao clube da Baixada. Caju, a eterna e única Majestade do Arco faleceu há pouco, apesar de não jogar há anos!

Esse contato nunca deve faltar. Acho lindo ver o carinho de massas torcedoras como as de Flamengo e Vasco idolatrarem Zico e Roberto Dinamite respectivamente, sendo que ainda me lembro, mesmo que vagamente, dos duelos entre ambos. Os tempos modernos porém, fazem com que atletas como o bom Edmundo já tenha jogado em Palmeiras, Corinthians, Flamengo, Vasco e Fluminense, não criando empatia desproporcional em nenhuma das torcidas.

Eu sou um privilegiado! Eu vi, conheço e vejo em campo aquele que pode se tornar o maior jogador da história do Clube Atlético Paranaense: Alexander Pereira Cardoso, nosso amado Alex Mineiro. Esse é o cara!

Não bastassem os gols e mais gols (mais de 50 já), com a camisa que só se veste por amor, Alex é um guerreiro em campo. Luta, corre, marca, chama o jogo e além de tudo dá passes milimétricos e açucarados para os companheiros encherem as redes adversárias. Alex Mineiro é o cara!

O jogador perseverante, de semblante calmo e sereno, mas que se transforma em um titã em campo faz gols em profusão. O atleta sempre em forma, o que chama a responsabilidade de bater penalidades máximas e que faz gols de direita, esquerda, de cabeça ou seja lá como for. Alex Mineiro, você é o cara!

O homem de palavra, de vergonha na cara e que honra a camisa que veste. O goleador incansável, o artilheiro das decisões, que cresce proporcionalmente a dificuldade encontrada. Esse é o cara!

Alex Mineiro é o cara!

ARREMATE

” Parabéns pra você/
nesta data querida/
muitas (muitas mesmo) felicidades/
muitos anos de vida.



Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.