Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

Coco, chocolate, limão e manga!

15/03/2007


Tenho o registro em minha lembrança das figuras que encontrei na Baixada ao longo desses anos em que torço pelo Atlético. Uma delas, marcante nas arquibancadas, é um sorveteiro que dava um show, com seus gritos sempre engrçados - ABACAXIIIIIIII. Posso citar dezenas de outras figuras, como o Asteróide, o Rato da Ultras (grande amigo), o Agostinho (hoje um respeitado Prof. Dr. da UFPR), dentre outros, que ajudaram a construir o folclore da Baixada. Cada um deles criou a mítica do Caldeirão, com sua vibração, com seus estilos característicos e demonstrações de amor ao clube.

Essa é uma preocupação que tenho quando falo do ambiente na Baixada. Temo que estejamos construindo um exclusivismo que sepulte as manifestações espontâneas da torcida e acho que a gestão do Atlético carrega um pouco de culpa nisso. Sem o torcedor, o espetáculo é amorfo. É como se não houvesse vida, alegria e energia vindas da arquibancada. Houve um jogo emblemático para mim que retrata isso. Estou falando de um Atlético x Malutrom, em que o ingresso estava quase de graça. A Baixada estava diferente, lotada e com essa energia vital que tento (e acho que não consigo) descrever para vocês.

Quero a Baixada viva, lotada, cheia de alma, com alternativas aos menos abastados. Quero um Atlético vibrante, com os jogadores recebendo dentro de campo todo apoio que os nossos pulmões puderem dar. Esse é o Atlético que amo. Um clube que sobreviveu a gestões pobres de espírito e não há de enfrentar, justo com homens inteligentes em seu comando, problemas que podem produzir feridas prolongadas e permanentes. Acho que o clube poderia criar um conselho para ajudar a criar formas de participação. Há pessoas importantes que poderiam ajudar e o Atlético ganharia com isso.

Em tempo

Recebi dezenas de e-mails debatendo as questões que apresentei, em especial nas que envolveram os Fanáticos. Não há como deixar de citar um e-mail com o famoso “aparece aqui na sede” para dizer isso de novo. Não me arrependo de uma única linha que tenha escrito no episódio, em especial por ter defendido o bom senso, linhas de composição e a construção de uma nova ordem para nós atleticanos. Não gosto de ameaças e não vou me calar por causa delas, venham de onde vierem.

Furacão no Mundo

Rio de Janeiro (PC), Rio Grande do Norte (A turma de Mossoró), EUA (Dallas), Santa Catarina (dá-lhe Juliano Trevisan) e São Paulo. Como existem atleticanos espalhados por esse mundo. Só me dá a certeza de que estamos crescendo cada vez mais, ganhando importância e espaço.


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