Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

O lado ruim de uma goleada

13/03/2007


Domingão farto para a torcida rubro-negra, principalmente para os 2.592 torcedores que compareceram na Arena para acompanhar o massacre do Atlético sobre o Iguaçu de União da Vitória. Parece placar de pelada, mas não é. Aconteceu no nosso campeonato estadual.

Não pude ir ao jogo e como todos os demais torcedores, mesmo os que estiveram presentes, fico sempre na expectativa de ver ou rever os gols do furacão. Isto acontece no início da noite, enquanto aproveito os acréscimos regulamentares do final de semana, para na segunda-feira voltar ao papel de trabalhador. Sento em frente à televisão e assisto ao popular programa global. Programa esse que, no passado, tinha um bloco intitulado “Gols do Fantástico”, que nos brindou com a lendária zebrinha e hoje quando o assunto é a alegria do torcedor fica com um saldo negativo que nenhum banco vai cobrir.

Atualmente, não sei se é problema de tempo ou se por vontade própria. Quando tem uma goleada nos jogos dos times fora do eixo Rio - São Paulo, o torcedor/espectador acompanha um ou outro gol, nada mais. Enquanto que nos lances do clássico de São Paulo, foram exibidos os gols, com direito a replay além, é claro, de mostrar lance duvidoso, no caso um impedimento.

Se o referido programa tiver que apresentar uma matéria pela metade ela não irá ao ar, assim como os gols dos jogos do final de semana, apresentados pela metade, também não deveriam ir. Parece reclamação de torcedor ranzinza, mas algumas pessoas somente podem acompanhar os gols do seu time nesse programa, além de que, convencer a mãe a uma overdose esportiva na televisão é muito complicado.

Não quero um debate pleno sobre todos os jogos, isto fica a cargo dos programas especializados, a popular mesa-redonda, algumas direcionadas para a população paranaense, mas mostrar todos os gols é o mínimo que o torcedor merece.

Tenho que pedir para os jogadores do Atlético que guardem as goleadas para os clássicos, pois é mais fácil convencer a família, principalmente as progenitoras, que não são afeitas ao futebol a brindar o filho com o acompanhamento dos programas esportivos do domingo.


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