Rodrigo Abud

Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.

 

 

A hora é agora, o ano é já!

07/03/2007


Debutamos na Copa do Brasil de 2007 com uma vitória sobre o desconhecido Coxim, do Mato Grosso do Sul. Muitos dirão que o Atlético não fez mais que a obrigação. Eu vou mais além: a obrigação do Atlético nesse compeonato é conquistá-lo.

O futebol brasileiro passa por um momento de reformulação. A maioria dos grandes jogadores nacionais está na Europa, o que conseqüentemente torna os campeonatos nacionais mais fracos tecnicamente. Além disso, não participam da Copa do Brasil as equipes brasileiras que estão disputando a Copa Libertadores da América. Com isso, o que sobra na competição?

Analisando a tabela, o Atlético somente poderá ser mais exigido a partir das quartas-de-final, quando pode enfrentar Fluminense ou Goiás. Essa última equipe temos que respeitar, pois assim como fez o Furacão, o time goiano se estruturou e foi além, investiu pesado para as competições desse ano.

Passado o primeiro grande teste, na semifinal as equipes que podem aparecer no caminho do Atlético seriam o Cruzeiro ou Palmeiras, lembrando que estou somente citando os times com mais chances. Se não ocorrer o cruzamento que eu espero enfrentaremos equipes de menos tradição e menor qualidade.

Enfim, o momento maior, a final. No outro lado da chave, o maior adversário poderá ser o xará mineiro, muito mais pela fidelidade da sua torcida, do que pelo time, que a meu ver é pior que o nosso. Se não nos depararmos com os mineiros outra possibilidade seria um enfrentamento com o Corinthians.

Caso essas duas equipes citadas fiquem pelo caminho, 99% de chance de tenham sido suplantadas ou por Botafogo ou pelo Vasco ou ainda pelo Figueirense. Das três, temos que ficar com os olhos mais abertos para o Vasco. O jogo em São Januário em 2004 explica o porquê.

Não se trata de soberba rubro-negra, é apenas um fato. Se o Atlético não chegar pelo menos na final da competição desse ano, com a obrigação de ganhar, outra oportunidade como essa vai ser rara.

Cabe ao torcedor apoiar a equipe em campo, ao time se esforçar e jogar com seriedade, ao técnico Vadão parar de teimosia e escalar um meio-de-campo com dois armadores e, por fim, aos dirigentes dar todo o respaldo para que o time se preocupe apenas com os jogos e nada mais.


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