Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Domingo

27/02/2007


Graças ao fim do horário de verão, aquela sensação boa de quem parece ter dormido uma hora a mais. Sol e vamos ao churrasco. Nada de fazer em casa, pois sentia aquela característica preguiça de quem não iria limpar a sujeira depois de comer. Churrasco de paróquia, se é que me entendem. Aquele filezão estilo “orelha de elefante”, maionese, salada de folhas, salada de tomate. E dá-lhe cerveja gelada!

Encontro com amigos, bate papo e vamos à Baixada. Aliás, com um preço mais convidativo e se tivesse como comprovar a “paternidade” da pequena, era o jogo ideal para levar minha sobrinha mais uma vez ao jogo. Não deu, uma pena! Breve passada na sede da Fanáticos, reencontro com amigos e o sentimento de que o ano definitivamente começa depois do carnaval no nosso país. Pessoas queridas que há tempo não via, mudadas, coradas, felizes em estar de novo ali para verem o Atlético. Nem todos, pois percebi mais uma vez que o preço, mais uma vez ele, faz com que pessoas se dirijam até à Baixada apenas para encontrar amigos, bater papo e ouvir o jogo por ali, nada de entrar no Templo Sagrado.

Chegando, senti o prazer em ver meu nome na cadeira escolhida, reencontrando mais amigos e todos com a mesma expectativa. O domingo de sol tinha clima festivo e era convidativo a beber mais umas cervejinhas. Em campo, um time que é superior e fez valer a superioridade, diferentemente do Atletiba e da partida frente a ADAP-Galo, quando fomos muito superiores, mas ficamos com receio de dar uma sacola.

É fácil falar da raça característica do Marcão, ou do futebol soberbo de Alex Mineiro. Quem sabe da fase iluminada de Denis Marques, ou dos eficientes Ferreira e Evandro, que parecem ter casado e acertado o meio campo. Mas gosto de lembrar de um jogador por vezes perseguido, que já surgiu com tudo no time de cima, foi relegado a voltar à base, voltou explodindo novamente, teve um período de baixa técnica e agora volta a exibir sua melhor forma: Alan Bahia.

O que passa desapercebido pelo torcedor em geral, o que luta e cobre o avanço dos laterais, o que dá um jogo de corpo que arremessa longe, e de maneira honesta, seu oponente, o que está chutando muito bem a gol, com ambas as pernas, o que por vezes nos brinda com gols de cabeça, superando a baixa estatura. Para completar meu domingo de sol no Joaquim Américo, nada como ver meu ídolo Alex arrebentando novamente, me alegrar com a goleada e ver que Alan Bahia está voltando a ser o bom e importante jogador que nos dá segurança na meia cancha.

Volta pra casa com amigos, felicidade no rosto, apesar da chuva e indo aos braços de quem verdadeiramente gosta da gente. Família, amigos e Atlético. O domingo foi excelente, como serão muitos outros este ano, sem sombra de dúvidas.

ARREMATE

”A emoção de estar contigo/
Ver o sol amanhecer/
E ver a vida acontecer/
Como um dia de domingo.”
Dia de Domingo – Tim Maia


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