Patricia Bahr

Patricia Caroline Bahr, 43 anos, é jornalista e se descobriu atleticana nas arquibancadas do Pinheirão, no meio da torcida, quando pôde sentir o que era o Atlético através dos gritos dos torcedores, que no berro fazem do Furacão o melhor time do mundo. Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2010.

 

 

Parecia um furacão

25/02/2007


A forte chuva acompanhada de um forte vento que tomou conta de Curitiba neste domingo deu um ingrediente a mais na bela vitória do Atlético por 4 a 1 sobre o Engenheiro Beltrão. Agora, em seis jogos com o time principal (contra Nacional, Coritiba, Roma, Adap, Coxim e Engenheiro Beltrão) o Atlético já marcou 22 gols – média de 3,66 por jogo, fazendo jus ao apelido de Furacão. Uma média que não pode nos iludir, mas tem todo o direito de nos animar!

O segundo tempo deste jogo contra o Engenheiro Beltrão ficará marcado na história da Arena. Chuva mais forte do que essa já vimos na história recente do estádio, como naquele jogo contra o Corinthians, em 2003. Mas um vento igual ao deste domingo, não. Vento que foi vilão da torcida e, ao mesmo tempo, motivou o torcedor a cantar ainda mais para empurrar o valente time atleticano em campo. Quanto mais chovia, mais a torcida gritava.... Foi bacana ver essa “garra” de todos que estavam no estádio, enfrentando a chuva. Mais uma vez ficou provado: quando time e torcida jogam na mesma sintonia, o Atlético se transforma num verdadeiro Furacão!

E numa tarde em que o Atlético venceu bem e um forte temporal tomou conta da cidade, o furacão do dia foi, mais uma vez, o atacante Alex Mineiro. Três gols, segundo maior artilheiro da história da Arena, com 31 gols. Precisa dizer mais? Alex é O REFORÇO que a torcida estava esperando. Ele, ao lado de Marcão e Rogério Corrêa, nos remetem ao melhor do Atlético que já vimos. É bom quando vemos o esforço dos dirigentes para segurarem os ídolos dentro do clube. A torcida, que há algum tempo se sentia órfã de grandes ídolos, ganhou de volta três de seus maiores ídolos atuais. Motivo de sobra para nos entusiasmar.

Ídolo, goleador, com forte identificação com o torcedor. Agora, fica a campanha: que Alex Mineiro continue inspirado e permaneça no Atlético por muitos e muitos anos, para tentar quebrar o recorde de outro fenômeno que já vestiu o mando Rubro-negro: o incendiário Kléber, maior artilheiro da história da Arena, com 67 gols.


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