Patricia Bahr

Patricia Caroline Bahr, 43 anos, é jornalista e se descobriu atleticana nas arquibancadas do Pinheirão, no meio da torcida, quando pôde sentir o que era o Atlético através dos gritos dos torcedores, que no berro fazem do Furacão o melhor time do mundo. Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2010.

 

 

Estilo copeiro

22/02/2007


Depois da goleada por 5 a 2 sobre o desconhecido Coxim, muita gente disse que o Atlético não fez mais do que a obrigação. Concordo. E acrescento: times como Corinthians, Botafogo, Vasco, Fluminense tinham a mesma obrigação e não a cumpriram. Portanto, pouco importa se jogamos bonito ou feio, se marcamos gols na sorte ou na competência. O importante é que todo mundo viu o lógico: o Atlético venceu e bem. Isso é o que importa!

Obviamente que não assisti ao jogo contra o Coxim, portanto fica difícil traçar qualquer prognóstico. Mas na Copa do Brasil, fazer saldo só é importante na questão moral. A competição é diferenciada, jogos estilo mata-mata, que premia no final o time que tenha encarnado o melhor estilo copeiro. E é assim que o Atlético tem que jogar, pensando unicamente que cada jogo é sim uma decisão, no qual mais importante que convencer, é vencer. Os jogos mata-mata não te dão muito tempo de querer apresentar um belo futebol. É vencer ou vencer. Claro, se junto com a vitória vier de brinde um belo futebol, melhor ainda. Mas vencer é fundamental. Foi essa a lição que as outras edições da Copa do Brasil nos apresentaram, quando vimos verdadeiras aberrações chegarem à final – e muitas vezes até vencer a competição.

Nesse sentido, o time do Atlético começou a temporada muito bem, obrigado. Com um planejamento totalmente voltado às competições nacionais, iniciamos 2007 com uma goleada sobre o desconhecido Coxim. Não me iludo com os 5 a 2 da estréia. Mas acho que dentro da cartilha do estilo copeiro, fizemos o que era esperado: vencemos, fora de casa, eliminamos o jogo da volta e nos classificamos. Basicamente, fizemos o fundamental e o esperado. E que seja assim até o fim da competição.

De bom mesmo foi perceber a mudança no estilo de jogo do time. A simples entrada do Evandro (e poderia ser o Rogerinho, o Válber ou o Netinho) dá mais criatividade ao time. A fórmula é simples: quando joga com três volantes, apenas o Ferreira é responsável pela criação no meio-campo do Atlético. Assim, o time fica óbvio, previsível, fácil de ser marcado. Basta mais um jogador ali para dividir essa função com ele que já confunde o adversário. Ponto para o Vadão que percebeu a tempo isso, para iniciarmos oficialmente a temporada 2007 ao natural: com goleada do Furacão!


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