Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Erros

12/02/2007


Um homem é do tamanho de suas pretensões. Alguns jogadores e principalmente o teimoso treinador Vadão parecem ser pessoas pouco ambiciosas. Se em time que está ganhando não se mexe, a antítese disso também é verdadeira e a tal “base” mantida, é a que cansou de perder e bater recordes negativos em 2006. E é esse time, com a volta de Netinho, Rogério, Marcão e Alex Mineiro que ira nos representar. Ou seja, o retorno de atletas que já eram nossos, nenhum reforço vindo ao Furacão.

Passo por “pessimista” ou mesmo como “abutre do catrastofismo” como afirmado pelo nosso Presidente, mas não consigo me iludir com uma vitória por goleada, em casa, sobre o então lanterna Nacional de Rolândia. Não são dois gols, um belo e certeiro, outro daqueles que até Denis Marques faria, que me convencerão que o preguiçoso Cristian merecesse ser titular sequer do time “B”.

Aliás, merece uma análise antropológica a “tríade da preguiça” como apelidei Danilo, Cristian e Denis. Para dar regularidade, formam uma espinha dorsal de marasmo e pasmaceira, um na defesa, outro na meiuca e outro comandando o ataque. Jogar mal acontece, como tem acontecido com alguns bons jogadores que já mostraram seu valor, mas não conseguem retomar o bom ritmo, caso específico de nossos dois laterais que já jogaram muito mais do que o apresentado no domingo. Agora, a insistência de Vadão, principalmente com Cristian, já é teimosia.

Não me conformo que o time fique 30 dias enclausurado e sequer tenha uma jogada de saída de bola rápida, uma falta ensaiada ou mesmo uma jogada de escanteio. Aliás, de folclórico para patético já passou aquele escanteio curto ou o lateral arremessado na área, jogada que somente irrita a todos nós que sabemos que de útil nada vai acontecer, e que somente proporciona o contra ataque adversário.

Enfim, se o mês e meio de campeonato era para experiências, já vimos que estamos fragilizados. Que me perdoem os coxas, cujo empate caiu do céu graças a incompetência atleticana e a já tradicional e providencial ajuda do apito, mas domingo a vitória rubro-negra era simples obrigação e todos tínhamos a expectativa de goleada.

Se o Atlético realmente pretende ganhar algo em 2007 e principalmente apagar o péssimo ano passado, o tal “ano do futebol”, que abra os olhos, contrate a contento e mude o prumo, pois nosso navio continua à deriva, ao bel prazer dos ventos e sem rumo e sem destino. Ainda há tempo, pois em 2006 os recados foram dados desde abril e mesmo assim nossa Diretoria teimosamente insistiu com aquele elenco fraco e sem ambição.

ARREMATE

”Poderia ser pior, pense bem. Não sei o que, mas acho que ainda poderia ser pior.” torcedor atleticano, na saída do Joaquim Américo ontem, tentando se (e me) convencer que o empate contra os rebeldes do Alto da Glória, em casa, não fora tão ruim.


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