Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Nem o céu, nem o inferno

02/02/2007


Amigos atleticanos, desde ontem, quando retomei minha rotina normal de trabalho e voltei a me aproximar das coisas do Atlético, após o período de férias, procurei fazer duas análises isoladas do clube, a primeira que diz respeito à diretoria do Atlético e a outra parte, a torcida atleticana. Vou direto para a conclusão, antes de expor minha opinião sobre alguns assuntos específicos do clube: os dois lados, que por sinal deveriam ser citados sem qualquer divisão, estão corretos. Ao mesmo tempo, pecam em determinados momentos.

O melhor de tudo isso é que o ideal é o mesmo, o objetivo é único e o desejo é um só: o sucesso do Atlético. Portanto, uma boa dose de tolerância, paciência e compreensão precisam sempre estar presentes nos dois lados, entre adversidades e conquistas que devem, com toda certeza, ocorrer neste ano. Se lutamos tanto por um Atlético melhor, se almejamos algo realmente forte e consistente para o nosso Furacão, nada melhor que o bom senso e a busca de energias e pensamentos positivos para um ano que não será como o ano anterior.

Sai ano, entra ano e eu continuo sendo um cara otimista. Por certo, muitas vezes acabo me decepcionando por depositar tamanha confiança e não enxergar um mínimo de esperança no meu time, mas quero deixar bem claro que não faço “vistas grossas” para as coisas incorretas no Atlético, apenas tento observar o lado bom e positivo de tudo. Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, e é com este pensamento que começo, efetivamente, o meu ano de atleticanismo.

Vou me dedicar a alguns fatos que considerei realmente relevantes:

Vadão

Se fosse embora em dezembro, o torcedor iria reclamar. Como não foi, logicamente, o torcedor resolveu reclamar. Vadão é um profissional sério, competente, que merece todo o crédito da torcida. Está sujeito a ocasiões negativas, como estariam sujeitos Geninho, Ivo, Leão, João ou José. A verdade é que dessa vez se começou um ano de maneira correta, com os pés no chão, de forma coerente, com planejamento. Era isso que tanto cobramos em 2006. Pois bem, está aí, e o Atlético não será campeão da noite para o dia. O tempo dirá.

Dagoberto

Poderia deixar este comentário em branco, da forma como merece este assunto, mas como soaria como omissão, prefiro opinar. Eis, no meu singelo ponto de vista, o maior erro do Atlético. Enquanto essa nuvem pairar na Baixada, não haverá sol que brilhe por muito tempo. Hora de abrir mão de cifrões e prezar pela “qualidade de vida” no CT do Caju. O Atlético merece.

Time B

Um nível de time B para um nível de campeonato B. Não menosprezo o campeonato paranaense, até acho que é o mais importante degrau de uma baita escadaria que temos pela frente, e deveríamos “moer” os nossos adversários. Infelizmente a mentalidade da nossa diretoria é contrária, eis mais um ponto que considero falho na direção do clube. Por outro lado, é uma verdadeira lástima o nível técnico do regional, cada vez mais precário, como a verdadeira imagem que a própria federação paranaense cria com relação ao campeonato paranaense. Só há um detalhe importante: o ingresso também poderia ser B.

Ramon

Olha aí um grande exemplo de assunto que considero os dois lados corretos. A diretoria tem lá suas dificuldades em administrar um mundo de futebol onde empresários fazem a acontecem, levam e trazem no momento que bem entendem. A torcida também tem lá suas dificuldades em entender como um apartamento pode servir de justificativa esfarrapada para culminar em uma rescisão de contrato. Coisas que sentaremos para conversar em 2015 e ainda não teremos as verdades esclarecidas. Uma ilusão, na minha opinião muito pobre para uma torcida tão merecedora de coisas melhores, mas pelo menos desta vez não veio trajando modelo europeu e babando ovo. Dos males, o menor, ou a melhor das versões da “volta dos que não foram.”

Rogério Corrêa, Marcão e Alex Mineiro

Uma figa, duas figas, três figas. Vamos cruzando os dedos e torcer para que o CT seja a casa destes atletas em 2007. Só em pensar que pelo menos temos um verdadeiro capitão no time, já é um grande alívio. Que fiquem, será para o bem do povo e felicidade geral da nação rubro-negra.

Sócio Furacão

Queríamos mais benefícios, agora temos. O único erro, ao meu ver, é o campeonato paranaense, como comentado acima. Este campeonato deveria ser um “brinde” aos novos sócios, não precisando desta forma alterar os valores. Mas tudo bem, tá aí, no pacote, e vale tudo pelo Atlético. Quanto a este assunto, acho que não há mais desculpas. É chegar na Baixada, se associar ao nosso clube do coração e ajudar o Atlético, ponto final.

Atlético, Atlético! Conhecemos teu valor!


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.