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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Lei da compensação
30/01/2007
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Se por um lado ficamos satisfeitos com o desempenho na difícil Copa São Paulo, ao chegarmos entre os quatro melhores e principalmente, mostrar que temos em João Carlos um goleiro seguro, um polivalente meia que bate muito bem na pelota chamado Geronimo e que contamos com um avante habilidoso e inteligente como Fernando Mineiro, não tem como não ficar chateado em mais uma vez perdermos a peleja para o bom time são paulino. Justo eles!
Se por um lado acho que ainda é tímida a relação de jogadores que saem prontos de nosso departamento de formação, por outro é inevitável falar do guerreiro Roberto, campeão Sub-20 com a Seleção Brasileira. Menos badalado que alguns, especialmente o excelente Alexandre Pato, formou com Lucas do Grêmio uma dupla de volantes sérios, batalhadores e de categoria que há tempos não via. Parabéns a ele e a todos os que ajudaram a fazer deste jovem um grande jogador e líder em um elenco cheio de malas.
Tivemos uma entrevista coletiva onde o torcedor poderia saber o que é o Atlético hoje, o que quer e para onde vai. Em compensação, praticamente nenhuma novidade, nada específico, tudo genérico e principalmente, não foi falada uma linha, uma vírgula sobre futebol. Aliás, falamos de construção, financiamentos, patrocínios, verbas, governo, departamento jurídico e de futebol pouco, muito pouco. Somos o que afinal, um clube de futebol?
Se de um lado achamos que a TV oferece muito pouco ao clube, que o “produto Atlético” vale mais que essas 40 moedas, o que oferecemos ao público, que paga outras 40 moedas para ver um time medíocre? Aliás, a TV paga o que vale o espetáculo, uma merreca. Não seria hora de se “enxergar” um pouco e saber mensurar melhor o valor das coisas?
Temos a volta do regular e eficiente Rogério, do batalhador Marcão e do lendário Alex Mineiro. Em compensação, eles ficarão até o final do ano, ou farão, assim como Adriano Gabiru meia dúzia de partidas e se vão na primeira boa proposta, enchendo os cofres do clube que trará para seus lugares o “Zé Cabeça da Alfinete”, destaque as Série F-125 do Paulista?
Entramos na Justiça reinvidicando direitos federativos de X, Y e Z para resguardar o clube, mas em compensação não temos ganho nenhuma.
Nosso time considerado “A” treinou duro, forte mesmo fisicamente durante metade do mês e agora se prepara para entrar em campo enquanto TODOS os outros times da Galáxia jogam com seus times principais, exceção do Internacional que jogou os jogos mais importantes de sua existência na metade de dezembro.
Alguns poupam alguns atletas, mas os colocam durante as partidas, como Zé Roberto que fez o gol da vitória e da liderança santista no último final de semana. Estamos reinventando a roda, ou só posso imaginar que este time vai entrar voando, moendo todos os adversários, com uma força física incomum e que não esperarei coisa menor do que títulos e um time coeso e forte e que não poderá alegar a tal falta de ritmo de jogo.
Enfim, nada como amar esse turbilhão de contradições que se tornou o Atlético, se associar, viajar quando é possível, gastar mais do que o bolso permite e mesmo assim acreditar. Nada supera o que sentimos pelo Atlético. Porque tem time por aí onde o ingresso é mais barato, a torcida organizada tem contato direto com a diretoria, os treinos são abertos e tudo mais. Em compensação, vão disputar o limbo da segundona, temendo Paulista´s, Marilia´s, Remo´s e Avai´s da vida.
ARREMATE
”Tropeçamos nas pequenas pedras, pois as grandes a gente enxerga”, recado ao time que quer ficar entre os 8 da América e que despreza o estadual, nossa mais efetiva chance de levantar canecos anualmente.
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