Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

O saldo da Copa São Paulo

24/01/2007


As categorias de base do Atlético sempre receberam uma atenção da minha parte. Gosto de assistir jogos das categorias menores para avaliar as novas revelações do clube. Já assisti decisões da Copa Tribuna, do Campeonato Paranaense e de outros torneios relâmpagos, além de diversas partidas normais, sem estar em disputa um título. Na Copa São Paulo, o Atlético nunca fez boa campanha. No máximo chegara às oitavas em 97 e 2003, quando com bons times perdeu para o Lousano Paulista e para o Santos.

Neste ano o jovem time atleticano (a base da equipe era do juvenil em 2006) fez boa campanha e chegou à semifinal da Copa São Paulo. A equipe mostrou-se aguerrida e competitiva, com destaque para o excelente goleiro João Carlos. Além dele também fizeram uma boa copa, o lateral Robert, os meias Douglas Maia, Gerônimo e Dudu e os atacantes Fernando Mineiro e Michel. A zaga alternou bons momentos com algumas falhas, motivo pelo qual acredito ser necessário maior avaliação da dupla Ronaldo e Douglas.

O jogo contra o São Paulo poderá ficar marcado pela goleada sofrida, mas quem acompanhou a partida e a trajetória deste elenco irá reconhecer o valor do time. Ontem, as duas equipes fizeram um duelo equilibrado, alternando o domínio do jogo. Até o São Paulo passar à frente, tudo indicava uma nova decisão por pênaltis, assim como qualquer equipe poderia vencer em um descuido adversário, principalmente o Atlético que tinha maior domínio no segundo tempo, ao contrário da primeira etapa. Claro que o goleiro João Carlos era um dos responsáveis pela igualdade, graças a pelo menos três defesas espetaculares, mas o rubro-negro tocava bem a bola, criava chances, pecando apenas na finalização ou na demora para chutar ao gol tricolor. No fim a casa caiu, sofremos o segundo gol e o time se abalou. O São Paulo aproveitou e ampliou o marcador.

Este time volta do interior paulista com uma boa imagem, deixando o torcedor atleticano satisfeito e esperançoso com a revelação de novos talentos para o elenco principal do Furacão. Detalhes impediram uma nova conquista, mas na base nem sempre é fundamental ter um time forte e campeão, mas bons valores individuais que sejam úteis no futuro. Talvez o Atlético consiga aliar as duas coisas e aí sim o trabalho na base terá sido proveitoso cumprindo todos os objetivos esperados.


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