Bruno Rolim

Bruno Rolim, 42 anos, é bacharel de Turismo e jornalista. Filho de coxas, é a ovelha rubro-negra da família. Descobriu-se atleticano na final do Paranaense 90, com o gol do Berg. Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2007.

 

 

Tchau, 2006, já vai tarde; que venha 2007!

29/12/2006


É, está chegando ao fim mais um ano - o sexto deste novo milênio. Para o torcedor atleticano, acabou sendo um ano sem gosto algum, com efêmeras felicidades em meio a um mar de decepções. O ano que começou prometendo e acabou frustrando. Depois de tudo o que aconteceu em 2006, fica difícil ter uma postura otimista para o ano que está por vir.

Mas é o nosso papel, de torcedor: apesar de todas as adversidades e de tudo parecer conspirar contra, sempre acabamos confiando e acreditando que tudo será melhor. Teremos quatro competições para disputar no ano que vem: o Campeonato Paranaense, a Copa do Brasil, a Copa Sul-Americana e o Campeonato Brasileiro. Um destes campeonatos - o Paranaense - é obrigação. Não é admissível que um time como o Atlético desperdice a chance de ganhar um estadual onde o maior rival apodrece na Série B e o outro clube da cidade desmancha seu time e não consegue remontá-lo. Jogar sempre com vontade, com determinação, para evitar que uma nova ADAP apareça no caminho.

A Copa do Brasil é uma chance bem interessante de se obter uma vaga para a Copa Libertadores da América - que deveria ser o objetivo do Atlético sempre (embora seria de bom grado termos um estádio completo antes, para evitar futuras frustrações). Começaremos a competição contra um time desconhecido de nome engraçado, e que reclamou por ter de enfrentar o Atlético - para eles o Corinthians seria garantia de mais renda. Então vamos calar o tal Coxim. É jogo para golear fora de casa - ter de jogar contra eles aqui em Curitiba será decepcionante. Depois, é o clube saber administrar, pois a tabela, até as quartas-de-final, não reserva grandes dificuldades - na teoria, pois o Voltaço também não era exatamente uma dificuldade grande...

Pensar na Sul-Americana e no Brasileiro me parece ainda prematuro - embora o Atlético já deva estar trabalhando e planejando, visando montar um time já em janeiro, com ele tomando corpo e entrando já entrosado nas duas competições. Um dado bem curioso - e frustrante - sobre o Atlético no Brasileiro dos pontos corridos: nas quatro edições em que o Brasileiro foi disputado nessa forma, em todas o clube iniciou tropeçando as duas primeiras partidas - em 2005 foi o extremo, com seis derrotas consecutivas. Mostra de que algo está muito errado em nosso planejamento. Mas é tempo de confiar. Uma hora eles acertam.

Espero, com todo o otimismo do mundo, que a diretoria e nossa comissão técnica esteja já pensando na próxima temporada, nos (muitos) pontos fracos do atual plantel, em reforçar o elenco, em ganhar competições. Pois o Atlético não deve entrar em competições visando o 10º lugar, não devemos entrar para figuração. Se o clube cresceu tanto, devemos provar isso, e apenas disputando títulos o conseguiremos.

Que 2007 seja o ano da união entre torcida, jogadores e diretoria. Que uma luz ilumine o clube e o estádio finalmente consiga ser concluído. Que os jogadores que venham ao clube saibam do valor de nossa camisa, e joguem para disputar títulos, para vencer. E que todos nós, atleticanos, tenhamos um ano repleto de felicidades e sucessos.

Nos vemos ano que vem!


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