Patricia Bahr

Patricia Caroline Bahr, 43 anos, é jornalista e se descobriu atleticana nas arquibancadas do Pinheirão, no meio da torcida, quando pôde sentir o que era o Atlético através dos gritos dos torcedores, que no berro fazem do Furacão o melhor time do mundo. Foi colunista da Furacao.com entre 2002 e 2010.

 

 

Pensando no futebol

28/12/2006


Depois da desastrosa e não cumprida promessa de que 2006 seria o ano do futebol no Atlético, 2007 se aproxima com diferentes previsões aos atleticanos. Recente pesquisa da Furacao.com comprovou que o sonho maior meu, seu e de toda a torcida atleticana deve ser a prioridade do ano: concluir a Kyocera Arena. Mas há de se considerar também que um clube com a magnitude e a grandeza do Atlético não pode passar mais 365 dias sem conquistar um título. Durma com um barulho desses.

Por isso, pensar em terminar a Arena é importantíssimo. Tão importante quanto investir no futebol. E, se as palavras do diretor de Marketing do clube forem levadas ao pé da letra (“Iniciaremos os trabalhos tão logo os projetos estejam terminados e a equação financeira, resolvida. Como a diretoria tem falado, não queremos mais sacrificar o dia-a-dia do clube com investimentos em obras”), nem a desculpa da conclusão do estádio pode servir de pretexto para justificar perdas em campo.

Pensando no futebol para 2007, de cara dá para perceber que o elenco precisa ser enxugado, reestruturado e reforçado. Reforçado, como bem explicou em recente coluna o amigo Juarez Vilella Filho. Ou seja, trazer o algo a mais e não apenas peça de reposição.

Pela lista de reforços poderemos saber o que o Atlético quer com o futebol no ano que está quase começando. “Meninos ganham jogos, homens ganham títulos”, diz o conhecido ditado. Se apostarmos todas as nossas fichas apenas nos meninos, a possibilidade de não se ganhar nada além de um ou outro jogo aumenta consideravelmente.

Se alguém me perguntar: o time de 2001 e 2004 e até mesmo o do ano passado não eram desacreditados? A resposta é: sim, eram tanto quanto os de 2003 e 2006. A diferença é que em 2001 contratamos Nem e Souza como reforços; em 2004 tínhamos os reforços de Fabiano, Marinho e o goleador Washington. E ano passado nos reforçamos com Cocito, mantivemos Marcão e Fernandinho para a Libertadores, contratamos o experiente Aloísio. Homens, que no momento exato se juntaram aos meninos (seja Fabiano, Gustavo e Kleberson; ou Fernandinho, Jadson e Alan Bahia) e formaram times que fizeram bonito e nos mostraram a diferença entre participar e disputar os grandes campeonatos. Não ganhamos todos eles, é verdade, mas ficou provado que um time que se reforça está muito mais perto das grandes conquistas.

Se o momento agora é o de planejar e sonhar, eu quero em 2007 um time vencedor dentro de campo. Se é para apostar, eu apostaria na Copa do Brasil, competição que poderá nos levar novamente para a Libertadores. E aí sim, em 2008, com Arena completa, poderemos terminar o serviço no continente que começamos ano passado.

Feliz 2007, torcida atleticana!


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