Silvio Rauth Filho

Silvio Rauth Filho, 50 anos, descobriu sua paixão pelo Atlético em um dia de 1983, quando assistiu, com mais 65 mil pessoas ao seu lado, ao massacre de um certo time que tinha um tal de Zico. Deste então, seu amor vem crescendo. Exerce a profissão de jornalista desde 1995 e, desde 1996, trabalha no Jornal do Estado. Foi colunista da Furacao.com entre 2004 e 2009.

 

 

Dez técnicos para o Atlético

08/12/2006


A diretoria do Atlético decidiu que Vadão será o técnico em 2007. Eu discordo. Para dirigir o grandioso Furacão é necessário um colegiado de mestres das táticas, dos treinos e da psicologia. Por isso, defendo que o clube contrate dez técnicos e faça essa turma toda trabalhar em conjunto. Segue a lista.

1) O Mário Sérgio fica responsável por levar os jogadores para passear à noite.

2) O Antonio Lopes cuida da superstição da equipe. Veste toda a comissão técnica com aquela camisa vermelha que a Dona Elza sempre deixa engomadinha. Ensina todo mundo a beijar a correntinha dourada daquele jeito especial.

3) O Lothar Matthäus cuida das repórteres do sexo feminino, em três períodos (fim de tarde, noite e madrugada). Só poderá receber os repórteres do sexo masculino depois que tiver aulas de boxe com o Macaris do Livramento.

4) O Levir Culpi fica responsável por negociar os contratos dos técnicos. Ele tem a capacidade de escolher o melhor momento possível para discutir a renovação do contrato!

5) O Vadão fica por aí, no caso de aparecer uma nova Seletiva para a Libertadores.

6) O Borba Filho ficará responsável por treinar seu pupilo Cléo, até que esse grande atacante revele seu fantástico futebol para o mundo.

7) Oficialmente, o Vinícius Eutrópio fica como o responsável por tudo - pela escalação e por liderar os outros técnicos. Mas a única função real dele será assumir a culpa em caso de derrota. Logo em seguida, é demitido e paga o pato. Depois, vem outro Vinícius para o cargo de “bode expiatório”.

8) No banco de reservas, o Paulo Rink fica comandando o time, como “técnico de campo”. A vantagem é que, se a coisa ficar complicada, ele entra no gramado e senta o braço em todo mundo. Os jogadores do Apucarana de 1997 sabem do que estou falando...

9) O Geninho irá trabalhar no sistema bate-volta. Ele começa com uma série de vitórias. Daí vem o Corinthians (ou qualquer outro adversário de grande porte) e o contrata. O Geninho afunda nosso adversário com uma série de derrotas, como sempre faz, mas depois volta como herói. Afinal, só aqui e no Goiás ele dá certo!

10) E o Petraglia fica no cargo de “técnico para trabalho a longo prazo”. Afinal, ele jamais será demitido.


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