Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Batendo na mesma tecla

05/12/2006


Algumas pequenas interrogações que se fazem necessárias neste final de ano.

Para vermos o tamanho da fragilidade do elenco, não teriam sido suficientes as derrotas num prazo de 15 dias, para a ADAP duas vezes, sendo uma em casa e não termos conseguido suplantar o Volta Redonda pela Copa do Brasil? Porque vejam bem, fomos trazer “reforços” e não mais jogadores para encher a prateleira, quando já estávamos entre os rebaixáveis. Além da falta de visão em trazer Givanildo e falta de inteligência em mantê-lo tanto tempo, principalmente na intertemporada durante a Copa do Mundo.

O que é mais grave: um copo, que repito, ninguém viu e que nos tirou três mandos de campo, ou um torcedor que invade o gramado, dá cabeçada no segurança e um verdadeiro baile em outros e na polícia militar? Onde há mais riscos, onde houve maior transgressão?

Obviamente ninguém é contra a organização. Ninguém pode ser leviano em dizer que a administração, as finanças, enfim, a paz da entidade Atlético seja jogada no lixo para se fazer loucuras no futebol. Mas, existe maior loucura que ter um gigantesco, luxuoso e tão decantado Centro de Treinamentos se todo o cientificismo parece trazer tão poucos resultados?

Estranho o fato de não conseguirmos sequer “ensinar” a nossos beques como se portar num cruzamento contra nossa área. Tantos estudos, equipamentos, parafernálias mil que, de prático, pouquíssimos resultado nos trazem. Ou me respondam, quem foi a grande revelação de nosso departamento de formação desde Jadson e Fernandinho, em 2004? Alguma coisa me parece estar sendo feita de maneira equivocada. Bastante equivocada!

Até quando insistir com Ivan, Cristian e outros que jogam mal, mal, repetidamente mal e continuam intocáveis? Começaremos janeiro contando com os “reforços” de Rodriguinho, Selmir e outras peças já conhecidas?

“Se um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável” , Sêneca. Enfim, montamos toda uma estrutura linda, portentosa, maravilhosa, mas para quê? Para ganhar títulos, disputar com chances as competições, ou só “pra bonito”, para vender jogadores pro exterior e mostrar que fomos chiques e modernos? O porquê da existência de um clube de futebol é ou não é a conquista?

ARREMATE

“Tristeza não tem fim / Felicidade sim” - A Felicidade, Tom Jobim e Vinicius de Morais


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