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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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Arbitrariedade
23/11/2006
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Policiais foram flagrados pelas câmeras de Tv roubando aparelhos de som automotivo no centro histórico de Curitiba. Olhavam ao redor e enquanto um ficava na “espreita”, outro entrava e levava embora o aparelho. Depois, os próprios policiais ficavam frente a frente com as vítimas do furto quando estas iam prestar queixa.
Mentira? Pior que não, infelizmente ocorreu há menos de três meses. Policiais expulsos e presos? Pior que não. Um IPM (inquérito policial militar), julgamento (se é que ocorreu??) dentro da própria Justiça Militar e segue o baile. Eles nos policiam, prendem, por vezes são grotescos e abusam da autoridade, por vezes assistem a uma briga generalizada passivamente e não prendem ninguém como na confusão da quarta-feira passada, contra o Pachuca na Kyocera Arena e nada acontece. Quem os policia?
Ministério Público, implacável, investigando a tudo e todos. Operações conjuntas com a Polícia Federal, desmantelamento de gangues, helicópteros, dezenas de viaturas, sirenes, barulho e, é lógico, presença da imprensa. Todos sumariamente já pré-julgados, condenados, humilhados e tendo sua vida virada do avesso. Pouco a pouco os casos vão sendo esclarecidos, as pessoas liberadas e todo o barulho se faz silêncio. Quem os investiga?
Deputados federais são cooptados, não conseguem explicar dólares nas cuecas, saques de milhões de reais em suas contas, alguns tem a pachorra de dizer que “a mulher foi pagar a conta da TV a cabo” no valor simbólico de R$ 100 mil! Reuniões na calada da madrugada e votações onde o Governo seria derrotado se tornam vitórias comemoradas nos chiques restaurantes de Brasília. Conselho de Ética, votação em plenário e ...absolvição. Chegam as eleições e grande parte desse povo está lá de volta. Quem os condena?
E vejam o que acontece no futebol. Independente da péssima jornada, aliás, mais uma entre as mais de dezenas de péssimas partidas do medíocre time atleticano em 2006, tivemos prejuízos com a arbitragem do sujeito que atende por Luiz Antonio Silva Santos, da Federação do Caixa D´Água. Veio aqui, fez o que quis, como bem quis, irritou o time, dirigentes, técnico (se é que temos um) e principalmente a torcida atleticana.
Jogo dia 08 de novembro, fria noite de quarta-feira. Cartões? Só para os atleticanos. Empurrões? Só os marcados contra os juvenis alvinegros. Reversão? Só contra nosso time. Inverteu faltas, inventou a falta que originou o gol da vitória corintiana, não marcou uma falta clara em Denis Marques que quase resultou em gol paulista no contra ataque e deixou de marcar uma penalidade para o Furacão. Aliás, nos prejudicou claramente aqui, como já tinha feito lá no Pacaembu contra o mesmo Corinthians.
Não bastasse isso, o sujeito, na maior cara de pau vem com uma súmula, que além de ser um atentado a língua mater, é um exercício de imaginação. Na súmula, o senhor Luiz Antonio Silva Santos, sabe-se lá como, tenta com seus garranchos muito mal redigidos, dizer ter sido atingido por um copo com líquido amarelo. Um copo que só ele viu, que ninguém noticiou, que nenhuma câmera, quer seja da imprensa, quer seja do sistema de segurança do estádio flagrou. Além de ter sido extremamente mal intencionado com o Atlético, a figura em questão, munido de um excesso de autoridade que todos os árbitros detém, e que passo a questionar, nos “ferra” e por sermos reincidentes, aí sim por culpa da torcida atleticana, tira 3 mandos de campo.
Onde está o copo? Quem mais o viu sendo jogado? Há alguma testemunha de que ele tenha sido atingido? Afinal, existiu o tal copo? Ou fora fruto de sua imaginação, quando estava nervoso sendo xingado desde o apito final até seu recolhimento aos vestiários da Baixada? Seremos apenados pela má vontade de um cara que, não satisfeito em prejudicar o trabalho do time dentro de campo, tem a nítida intenção de prejudicar dirigentes, torcedores, enfim o Clube Atlético Paranaense? Afinal, quem o pune? Quem julga os que nos julgam? Não está havendo um excesso por parte dos árbitros?
Enfim, este senhor vem aqui, tem uma atuação condenável e no fim das contas nos condena? Tudo isso acontece e ele e seus auxiliares, por um deplorável e mal feito serviço de menos de duas horas ainda recebem R$ 4.800, advindos justo dos cofres do clube?
A “arbitrariedade” dos árbitros tem que chegar ao fim. Que o Atlético realmente entre com o recurso, que desqualifique a denúncia e que a comissão de arbitragens coloque este senhor em seu devido lugar. Que o prejuízo seja arcado com quem lhe é de direito, não ao clube e seus torcedores, mais uma vez vítimas da má vontade alheia. Nada me cega, me impede de ver e criticar a política obscura do futebol atleticano, a falta de planejamento e o excesso de zelo com outros setores em detrimento do futebol, tão maltratado neste ano. Mas ver o time, pra lá de medíocre que foi montado em 2006 ainda ser “garfado” e depois o clube ser responsabilizado pelo “peti” de quem apitou a partida, já é demais!
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