Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Diferenças

21/11/2006


Somos iguais, mas nunca fomos tão diferentes. Somos feitos à imagem e semelhança do Criador, negros, brancos e amarelos. Acredito sermos filhos do mesmo Pai. Somos enfim tão iguais, mas nunca fomos tão diferentes.

Curva, fundos ou retas. Quem viaja ou só vê pela TV, quem pula/canta/grita/chora, ou quem só ouve pelo radinho e mesmo sentado vibra com emoção. Quem tem que guardar o suado dinheirinho para ir ao estádio uma vez ao mês, ou quem compra o pacote antecipado no início do ano. Todos iguais, todos atleticanos, mas estamos sendo tão diferentes, tão desumanos.

Ninguém é mais atleticano que ninguém, ninguém é melhor do que ninguém. Respeito, pois cada um tem seu próprio jeito e não será na base da porrada que as coisas mudariam. Mais tolerância, maior sensibilidade, mais respeito.

Somos todos iguais, mas nunca, nunca fomos tão diferentes!

20 DE NOVEMBRO

Alex Mineiro “O Iluminado”, Kleber “O Incendiário” , Lucas “meu nome é Lucas”, Kléberson, Wilson e Dirceu. Carlinhos Sabiá, Oséas, Fião, Serginho “Mico”, Miranda, “o Pantera” Flávio e o “maestro” Kelly. Ou quem sabe o “Predestinado” Vanin, “Azul” Marinho, Fernandinho e Ziquita. Alan Bahia, Denis Marques, Tiago Cardoso, Charrão, Sotter, Agnaldo e o “Casal 20” Washington e Assis.

Atleticanos, gigantes, guerreiros, negros. Títulos, vitórias, gols e defesas. Nossa linda história é repleta de vermelho, escrita por estes homens negros. 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra e comemoração dos 311 anos da imortalização de Zumbi dos Palmares, herói brasileiro, mártir de um povo, defensor da igualdade, da liberdade. Gente negra, que engrandece nossa história.

Brasil, terra dos compositores Pixinguinha e Cartola, da bela Taís Araújo, do imortal Mussum, do hilário Lázaro Ramos. Terra do Ministro Joaquim Barbosa, da arte de Grande Otelo e de muitos outros que compõe nossa nação. Terra do maior de todos, do brasileiro mais conhecido mundo afora, terra do Rei Pelé.

Assim somos, negros, brancos, amarelos, índios, mestiços, caboclos e mulatos. Sempre nos respeitando, entendendo as diferenças, mas buscando sermos iguais.


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