Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Momento de tristeza

16/11/2006


Esta semana poderia ser apagada da minha memória. Talvez possamos conquistar um título, no sábado, pelo meu time, Espadachim Café, mas isso será inexpressivo perto das coisas ruins que dominaram os últimos dias. Cirurgia inesperada de um amigo, briga entre atleticanos, derrota em casa na semifinal do único campeonato que ainda podemos vencer em 2006 e o pior de tudo, a surpreendente perda de outro amigo.

A única verdade definitiva na vida é a morte, qualquer criança descobre isso desde cedo. Portanto, nada é mais triste e desconfortável que a perda de uma pessoa próxima. Injusto e equivocado comparar os demais acontecimentos tristes da semana com o falecimento do querido amigo Frederico Lewin, mais conhecido como Ico, por todos aqueles que faziam parte de sua luminosa vida.

Vejamos:

O Atlético perdeu para o Pachuca, mas pode reverter este placar no México. Basta resolver jogar, pois aqui na Kyocera Arena apenas assistiu ao bom toque de bola e melhor disposição tática do adversário. Se for eliminado, a vida segue e no ano que vem, melhor planejado, deve voltar a encantar a sua torcida.

As brigas entre torcedores apesar de lamentáveis podem ser resolvidas. Ontem, em setores diversos da Arena, seja na reta ou na curva, houve desentendimentos. Um estádio de futebol é um local democrático, onde pessoas, independente de classe social, raça ou clero convivem (ou deveriam) em harmonia, torcendo pelo mesmo time e resultado. Não entendo o que leva um atleticano a resolver um impasse com outro atleticano na porrada, só pode ser burrice.

Quanto à cirurgia do colega de site Ricardo Campelo, esta me pegou de surpresa, mas foi realizada com sucesso e o amigo já teve alta e passa bem. Logo voltará a escrever e a jogar futebol com a qualidade de sempre, em ambos os ofícios.

Mas o que não é fácil de aceitar é a morte. Ainda mais de uma pessoa jovem e saudável. Repetindo as palavras do amigo Oswaldo Casarotti: “Foi uma inestimável perda, não só pelo grande jogador ou pelo grande amigo que sempre foi, mas pelo exemplo de vida que nos deixou, seja pela sua preocupação social, solidariedade, companheirismo ou pela enorme disposição em ajudar a todos”.

Provável que a maioria daqueles que estiverem lendo minha coluna não saibam quem foi este grande homem, amigo, parceiro e torcedor fanático do Atlético, mas peço licença para escrever estas palavras ao Ico que nos deixou nesta última terça-feira. Ele será sempre admirado e respeitado, estando presente no coração de quem o conheceu e onde estiver torcerá pelo Furacão. Fique com Deus, Ico! Você estará sempre ao nosso lado!


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