Marcel Costa

Marcel Ferreira da Costa, 45 anos, é advogado por vocação e atleticano por convicção. Freqüenta estádios, não só em Curitiba, quase sempre acompanhado de seu pai, outro fanático rubro-negro. Foi colunista da Furacao.com entre 2005 e 2008.

 

 

Missão: Pachuca

10/11/2006


O Campeonato Brasileiro de 2006 já acabou para o Atlético. Na minha última coluna do dia 27 de outubro já adiantava que os cinco jogos antes do confronto contra o Pachuca definiriam o rumo do time no campeonato nacional. Como somamos apenas seis pontos em quatro jogos (ainda resta o Grêmio), o Brasileiro sai de cena e a única e última preocupação atleticana em 2006 deve ser a conquista da Copa Sul-Americana.

Para a partida de domingo, o treinador Vadão deve poupar os titulares. Mas assim como o colega de site Ricardo Campelo, prefiro ver em campo jovens valores àqueles que passaram o ano todo tentando mostrar algo e nunca renderam o suficiente para brigar por uma posição no time. Por mais que não seja muito afeito à promoção de jogadores da base, nosso treinador poderia escalar o goleiro Guilherme que será inscrito na Sul-Americana (apesar de preferir o Vinícius), o lateral Stanley, os zagueiros Gustavo e Rhodolfo, o volante Robertinho e o meia Evandro. Os citados juntos com Evanilson, Marcelo Silva, Válber, Denis Marques e Pedro Oldoni podem fazer uma boa partida frente ao tricolor gaúcho.

Mas independente de quem jogue a próxima partida pelo Campeonato Brasileiro, a preocupação passa a ser o jogo contra o Pachuca. Ao contrário do que muitos pensam, o adversário é perigoso. Lidera seu grupo no Campeonato Mexicano e tem um bom time. O Atlético deve recuperar o ritmo do mês de outubro, jogando na base da garra e superação. Aliado a velocidade do time, o rubro-negro pode continuar surpreendendo na copa continental e vencer o duelo contra os mexicanos. Mas para isso ser possível, não adianta desgastar-se contra o Grêmio sem que tenha objetivo no campeonato nacional. A vaga para a Sul-Americana de 2007 pode ser conquistada com o título ou uma colocação entre os 13 melhores do Brasileiro, posição atual do Furacão e que não deverá ser ameaçada.

Quarta-feira é dia de encher a Kyocera Arena, empurrar o Atlético para cima dos mexicanos e garantir uma boa situação para o jogo de volta. A torcida fará sua parte, como sempre fez nos momentos decisivos. O elenco e comissão técnica também sabem da importância deste título para o clube e, principalmente, como enfrentar um adversário estrangeiro. É outro tipo de jogo e igualando a vontade dos gringos ninguém supera um time brasileiro, pois tecnicamente nosso futebol é de maior qualidade.

Certa vez ouvi do Juarez Villela Filho, outro amigo colunista do site, que o Borba Filho, em entrevista pré-Libertadores 2005, após excursionar pela Colômbia para assistir jogos do América e Independente, contou justamente isso: os brasileiros sempre que igualarem a raça e vontade dos times estrangeiros irão triunfar nas competições continentais. Curiosamente, fomos vice-campeões daquela Libertadores e voltamos a fazer boa campanha neste ano. Talvez a importância do Borba Filho, nestas competições, seja bem maior do que imaginamos.


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.