2001 - O começo de um ano campeão
O início do campeonato já dizia que o Atlético estava entrando para vencer. As três derrotas que sofreu, não abalaram a trajetória vitoriosa e, com um aproveitamento de 75%, os jogadores atleticanos estavam jogando um campeonato, que mal sabiam eles, era o estopim de um ano vitorioso. E o palco do espetáculo, a Arena da baixada, estava pronto para mais uma festa. Quando chegou a abrir 17 pontos de diferença para o segundo colocado a torcida atleticana comemorava duplamente. O maior rival estava na outra ponta da tabela. E, justamente por essa situação do Coritiba e as duas derrotas sofridas pelo Atlético no clássico, o técnico Carpegiani foi demitido.
A situação atleticana começava a preocupar pois, além da saída do técnico, Kelly também havia deixado o time para jogar do outro lado do mundo. Foi então que notícias boas começaram a chegar. Flávio Lopes foi contratado para assumir o comando e Adriano voltou a vestir a camisa atleticana. Além deles, Valdir e Zé Afonso foram contratados.
O Atlético conquistou o bicampeonato em cima do Paraná Clube, na Baixada. |
Mesmo com um futebol apático, o rubro-negro ainda conseguiu classificar-se com as vantagens de primeiro colocado. Na semifinal, em dois jogos contra o Malutrom, o Atlético carimbou seu passaporte para a grande final. No primeiro jogo, um empate (1x1) ficou de bom tamanho afinal, o time tinha as vantagens como no ano anterior. Na Arena da Baixada, o Caçulinha despediu-se do campeonato após ser derrotado (4x3).
Campeão em três partidas
Da outra semifinal, quem surgiu foi o Paraná Clube, que agora jogaria a primeira partida da decisão no Couto Pereira, com seu mando. Mas não conseguiu fazer disso uma vantagem. O jogo terminou 1 x 1, com gol de Alex Mineiro e com as próximas duas partidas sendo realizadas no Caldeirão.
A segunda não foi diferente da primeira, pelo menos no placar e também com gol de Alex Mineiro. O mesmo resultado deixava o rubro-negro cada vez mais próximo de erguer a taça. Com o regulamento em mãos, no terceiro jogo era preciso apenas segurar o resultado e foi o que fez após estar duas vezes na frente. Adriano e Donizete Amorim garantiram os dois gols atleticanos no empate por 2 x 2 e ajudaram a garantir mais uma festa rubro-negra.
Pela terceira vez em sua história o Atlético estava conquistando seu bi-campeonato. As outras conquistas aconteceram em 29/30 e 82/83.
Final - Paranaense - (03/06/2001) - Atlético 2 x 2 Paraná
L: Arena da Baixada ; A: Francisco Carlos Vieira; G:
Adriano e Donizete Amorin
ATLÉTICO: Flávio; Alessandro, Igor, Nem e Fabiano; Valdir, Donizete Amorim, Kleberson (Mílton do Ó) e Adriano (Cocito); Alex Mineiro (Douglas Silva) e Kléber. Técnico: Flávio Lopes.
PARANÁ: Marcos; Leandro Silva (Almir), Hílton, Ageu e Juninho Rodrigues; Hélcio, Fernando Miguel (Evandro), Reinaldo (Washington) e Lúcio Flávio; Maurílio e Márcio. Técnico: Paulo Bonamigo.
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A Campanha
23 jogos: 16 vitórias / 4 empates / 3 derrotas /
59 GP / 31 GC
1ª Fase
20/01 Londrina 3 x 7 Atlético
28/01 União Bandeirante 0 x 2 Atlético
03/02 Atlético 3 x 1 Prudentópolis
11/02 Atlético 0 x 2 Coritiba
18/02 Atlético 4 x 3 Iraty
24/02 Atlético 5 x 3 Francisco Beltrão
03/03 Malutron 0 x 4 Atlético
11/03 Atlético 2 x 1 Paraná
18/03 Atlético 5 x 0 Rio Branco
2ª Fase
25/03 Rio Branco 0 x 1 Atlético
28/03 Francisco Beltrão 0 x 1 Atlético
31/03 Atlético 3 x 1 Malutron
08/04 Atlético 2 x 3 Coritiba
11/04 Atlético 2 x 1 Londrina
15/04 Prudentópolis 1 x 3 Atlético
18/04 Iraty 1 x 0 Atlético
22/04 Paraná 1 x 3 Atlético
28/04 Atlético 3 x 2 União Bandeirante
Semifinais
06/05 Malutron 1 x 1 Atlético
12/05 Atlético 4 x 3 Malutron
Finais
20/05 Paraná 1 x 1 Atlético
27/05 Atlético 1 x 1 Paraná
03/06 Atlético 2 x 2 Paraná
Artilheiros:
Kleber 22 gols (artilheiro do campeonato)
Alex Mineiro 10 gols
Kleberson 5 gols
Adriano 4 gols
Kelly 3 gols
Donizete Amorin e William 2 gols
Adauto, Clóvis, Douglas, Lima, Lobatón, Milton do Ó, Nem, Nelson, Rodrigo, Selmir e Zé Afonso 1 gol Personagens
Kleber: após um bom campeonato no ano anterior, o atacante jogou este Paranaense para despontar em cenário nacional. Marcando 22 gols tornou-se artilheiro do campeonato. Foi ídolo e, ao mesmo tempo, odiado pela torcida atleticana.
Alessandro: O lateral fez um campeonato tão bom que seu nome foi lembrado para a Seleção de Émerson Leão. O "Praguinha" infernizou seus adversários com o famoso "drible da vaca". |