1930 - Campeão por antecedência

Após o título do ano anterior e a permanência dos mesmos jogadores, o Atlético tinha tudo para vencer novamente. Seus adversários, assim como em 29, não tiveram força suficiente para parar o ataque rubro-negro, que marcou 21 gols em 8 jogos.

Com apenas uma derrota, o rubro-negro fez uma bela campanha, com um desempenho bastante regular. O brilho ficou por conta das vitórias nos dois Atletibas, do primeiro e do segundo turno, que acabou dando-lhe o título antecipado.

O bicampeonato de 1930 ajudou a popularizar ainda mais o Atlético Paranaense.

O primeiro jogo da temporada foi justamente a primeira vitória sobre o rival, quando rubro-negros e alviverdes deram início à rivalidade, devido à desastrosa atuação do árbitro. O jogo acabou anulado pela Confederação Brasileira de Desportos.

Campeão em cima do Coritiba

O clássico não era o último jogo atleticano, mas era o jogo do título. Com folga na pontuação, se comparado aos adversários, o Atlético foi jogar com o Coritiba sem precisar de uma vitória. Um simples empate lhe garantiria o título do Campeonato Oficial.

Mas Zinder Lins, Marreco e Levoratto não levaram a vantagem a sério, queriam o título com uma vitória sobre os rivais e acabaram marcando os três gols rubro-negros, quando venceu por 3 a 2. Como em qualquer clássico Atletiba, os capitães Borba e Pizzatto precisaram intervir, pois foi uma partida tumultuada.

Com muita chuva, o campo estava escorregadio, o que prejudicou o espetáculo mas, há dois anos o Atlético não sabia o que era perder para o rival, e não queria que isso acontecesse justamente quando poderia conquistar um título sobre o mesmo. Para o Coritiba, vencer o Atlético teria um gosto especial afinal, fazia tempo que sua torcida não comemorava essa vitória.

Mas não teve jeito, os três goleadores atleticanos estragaram com qualquer possibilidade de esperança do Coritiba e conquistaram para o Rubro-Negro o seu primeiro bicampeonato e, acima de tudo, invicto. O último jogo do rubro-negro seria contra a equipe do Palestra Itália mas, na condição de campeão, resolveu entregar os pontos ao adversário e apenas comemorar.

Final - Paranaense - (28/12/1930) - Atlético 3 x 2 Coritiba
L:
Baixada; G: Zinder, Marreco e Levoratto; Carnieri e Pizatto.

ATLÉTICO: Alberto; Anjolilo e Borba; Juca, Falcine e Guaxupé; Levoratto, Marreco, Urbino, Zinder e Nestor.

CORITIBA: Rei; Cuka e Pizatto; Jorge, Parras e Contin; Ludelino, Ângelo, Emílio, Staco e Carnieri.

Campanha

8 jogos: 6 vitórias / 1 empate / 1 derrota / 21 GP / 11 GC

1º Turno:
18/05 – Atlético 3 x 2 Coritiba
08/06 – Atlético 3 x 3 Aquidaban
29/06 – Atlético 2 x 1 Palestra Itália
27/07 – Atlético 2 x 1 Britania
17/08 – Atlético 5 x 0 Paranaense

2º Turno
14/12 – Atlético 3 x 2 Britania
28/12 – Atlético 3 x 2 Coritiba (campeão antecipado)
11/01 – Atlético O x W Palestra Itália

Personagens

Marreco: um dos principais jogadores atleticanos na campanha do bi-campeonato, Marreco também figurou entre os artilheiros do time. Deixou sua marca no clássico com o Coritiba, que deu o título ao Atlético.

Levoratto: assim como Marreco, o jogador sempre figurou entre os artilheiros das partidas, ainda que sua posição não fosse no ataque. No último jogo, contra o Coritiba, também deixou sua marca.