Aníbal Khury

Nome:

 

Aníbal Khury.

Gestão:   1976 e 1977.
Resumo:  
Quando assumiu, encontrou o Atlético em uma situação difícil, iniciando um lento trabalho de reerguimento. Chamou amigos como Rogério Zara do Amaral, João Elísio Ferraz de Campos, Adolpho de Oliveira Franco Filho, Nicanor Vasconcellos, Moacyr Ribas Marcondes e, após a segunda metade do mandato, a Retaguarda Atleticana (Salmir Lobato Machado, Valmor Zimermann, Antônio Galina e Valdo Zanetti), que auxiliaram na tarefa de erguer o time da Baixada.

Catarinense de Porto União, Aníbal Khury foi um dos grandes destaques da política paranaense, considerado por muitos, um verdadeiro mestre. Na infância, recebeu uma educação tradicional entre os filhos de comerciantes e industriais da pequena cidade madeireira de União da Vitória. No início, Aníbal auxiliava o pai em um estabelecimento comercial, mas logo a vocação política se fez mais forte, elegendo-se em 1948 como vereador. No pleito seguinte, candidatou-se a uma cadeira na Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, assumindo o mandato em 1954. Naquela época, era casado com dona Niva Sabóia Khury, com que teve dois filhos: Ricardo Khury e Aníbal Khury, ambos advogados. Mudaram-se para Curitiba e a partir dali, Aníbal foi sucessivamente reeleito Deputado Estadual, tornando-se Primeiro Secretário da Mesa Diretora por oito vezes.

Com sua crescente influência, tornou-se Presidente Estadual do Partido Trabalhista Nacional (PTN) e foi o principal responsável pelo lançamento da candidatura do Governador Paulo Pimentel em 1965. Nesse período sobreveio no Brasil o regime autoritário (1964), que procurou neutralizar as lideranças políticas, cassando o mandato de Aníbal em 1969. Foi nessa época em que permaneceu afastado da ação política que Aníbal continuou a exercer seus dotes de liderança.

Foi no ano de 1976 que Aníbal presidiu o Atlético Paranaense, dirigindo obras associativas, embora não tivesse experiência no futebol. Também p rocurou sanear as finanças e recuperar o clube. Quando assumiu, encontrou o Atlético em uma situação difícil, iniciando um lento trabalho de reerguimento. Chamou amigos como Rogério Zara do Amaral, João Elísio Ferraz de Campos, Adolpho de Oliveira Franco Filho, Nicanor Vasconcellos, Moacyr Ribas Marcondes e, após a segunda metade do mandato, a Retaguarda Atleticana (Salmir Lobato Machado, Valmor Zimermann, Antônio Galina e Valdo Zanetti), que auxiliaram na tarefa de erguer o time da Baixada.

O ex-presidente atleticano ocupou pela quinta vez a Presidência do Poder Legislativo, eleito para dirigir a Assembléia Legislativa no biênio 99/2000. Seu mandato foi renovado por nove vezes pelo povo. Foi quatorze vezes primeiro Secretário, encarregado de supervisionar a administração geral da Assembléia. Quando na Presidência, ocupou por sete vezes interinamente o Governo do Estado do Paraná. Ao longo de sua vida pública de mais de 50 anos, Khury enfrentou árduas batalhas, das quais a mais difícil foi a luta para manter a integridade territorial do Estado do Paraná.

Khury exerceu uma das mais sólidas e contínuas influências na esfera estadual, sendo ouvido por governantes, lideranças empresariais, sindicais e pela imprensa, recebendo inúmeras homenagens por parte de categorias sociais e representantes de etnias por todo o Estado.

Em sua gestão, Khury renovou o plantel e promoveu nomes do time juvenil, alguns chegando mais tarde à Seleção Brasileira. Essa renovação foi promovida em conjunto com o trabalho de Geraldo Damasceno. Após levantar o Atlético, Khury considerou cumprida sua missão e se afastou voluntariamente, dizendo estar satisfeito. O esforço foi grande, mas valeu a pena: " Qualquer político, para ser bom mesmo, tem que fazer pós-graduação em futebol !", costumava dizer.

No dia 30 de agosto de 1999, Khury faleceu, aos 75 anos, em Curitiba.