Itaciano Marcondes entrou para a história do Atlético como o presidente do time que se tornou, para sempre, o Furacão. Ele deu continuidade ao ótimo trabalho realizado por João Alfredo Silva nos anos anteriores e conseguiu harmonizar o clube em um dos períodos mais importantes de toda sua existência.
Ele nasceu em 14 de julho de 1897 em Socavão, município de Castro, no interior do estado. Naquele tempo, os registros eram precários e, por lapso, foi-lhe omitido o último sobrenome (Ribas). De origem humilde, trabalhou desde os 11 anos. Começou como telegrafista da Estrada Ferro Paraná-Santa Catarina e foi contador de diversas firmas, com destaque para a Feliciano Guimarães, pertencente a Luiz Feliciano Guimarães, presidente do Atlético em 1925. Depois, tornou-se chefe da contabilidade da Caixa de Habitação Popular, antecessora da COHAPAR, onde trabalhou mais de três décadas.
Amante dos esportes, tornou-se presidente da Liga Curitibana de Futebol. Foi um dos responsáveis pela unificação da LCF com a Federação Paranaense de Futebol, tendo dividido o comando da entidade com Eugênio Marques Viana entre 1938 e 1940. Depois, foi eleito presidente da FPF em 1944.
Assumiu a presidência do Atlético cinco anos depois, em 1949, permanecendo apenas um ano no comando do clube. Mesmo assim, sempre considerou esse o cargo mais importante de sua carreira. Sua conduta era serena e equilibrada. Não sabia negar um pedido ou recusar ajudar alguém. Sua gestão ficou marcada pela serenidade com que conduziu o rubro-negro. Sob seu comando, o Atlético realizou a primeira excursão de um time paranaense para o exterior, viajando para o Paraguai em novembro de 1949.
Teve sete filhos (Jandyra, Jurandyr, Jauneval, Jayra, Jurema, Juarez e Jesy Mery) e criou mais cinco (Darcy, Tida, Glaci, Jurinha e Jaime). Transmitiu sua paixão pelo Atlético aos seus descendentes. Seu neto, Murilo Ribas Marcondes, é médico do clube.
Itaciano Marcondes morreu em 1983, em Curitiba. Há uma rua no Bairro Santo Inácio com seu nome. |